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O público que procura a EJA (Educação de jovens e adultos) para conclusão de seus estudos são alunos que ficaram muito tempo sem estudar por diversos motivos, por isso os professores desse sistema de ensino deve construir os seus conteúdos de uma maneira legível e prática.
Focando apenas na educação matemática e conhecendo um pouco da realidade dos alunos de uma turma da EJA, iremos perceber que são pessoas que de uma forma ou de outra estão em contato com a matemática. Assim, os professores responsáveis por esse conteúdo devem levar em consideração a experiência de vida de seus alunos.
Se o professor propuser a seguinte situação: Qual o troco que uma pessoa irá receber se pagar uma conta de R$40,30 com uma nota de 50 reais (R$50,00)? Rapidamente vários alunos farão os cálculos de cabeça e responderão que a pessoa irá receber de troco R$9,70, mas se for preciso colocar no papel todo o raciocínio, ou seja, que eles armem as constas (escrever na forma de algoritmo) para chegar ao valor de R$9,70, muitos não irão conseguir.
A resolução de problemas matemáticos solucionados mentalmente deve ser levada em consideração, mas não é a verdadeira construção do pensamento matemático, pois para isso é preciso que o aluno seja capaz de representar de várias formas o seu raciocínio e, no caso dos cálculos, representá-los na forma de algoritmos.
Uma maneira de explicar o algoritmo é pedir que os alunos passem para o papel o que raciocinaram mentalmente, com certeza não irão utilizar os símbolos matemáticos corretamente, então é preciso que o professor mostre as operações (“contas”) que estão envolvidas na situação problema e, com o tempo, os símbolos que as representam.
Essa técnica já foi utilizada pela professora da EJA, Alessandra Rodrigues de Paula, que obteve muitos sucessos, pois os alunos passaram a representar matematicamente os algoritmos na resolução de problemas do cotidiano.
Por Danielle de Miranda
Graduada em Matemática
Equipe Brasil Escola
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