A escola é uma instituição social que deve promover situações de aprendizagens que permanecem por toda a vida.
Tem-se muito a visão de que o mais importante é trabalhar conteúdos escolares, esquecendo-se da formação humana, dos valores morais que um sujeito deve ter, das questões de cidadania.
Hoje em dia, fala-se muito em interdisciplinaridade, a forma de se juntar diferentes conteúdos em um único projeto educativo, os passeios são formas de se ajustar as necessidades da educação.
Para se fazer uma visita a um museu é interessante haver relação entre o conteúdo de história, artes, ciências, e até mesmo da própria matemática.
O importante é a escola se estruturar, não fazendo apenas mais um passeio, mas dando especificidade ao mesmo, através de uma proposta pedagógica que vise a integração do trabalho pedagógico à experiência concreta, vivida.
A equipe pedagógica deve se reunir para discutir acerca dos objetivos da instituição, das intenções do educar dentro do espaço escolar, o que quer desenvolver, onde pretende chegar, que tipo de formação almeja para seus alunos e também para a comunidade.
Levar essas discussões para a sala de aula é uma forma de conscientizar os alunos do processo educativo que estarão sujeitos, dando um direcionamento para os mesmos do trabalho que será desenvolvido, bem como dos objetivos a serem alcançados.
erguntas como o que tem num museu, que aspectos podem ser observados, qual a importância dos mesmos para a formação, como era a época vivida, enfim muitas riquezas podem e devem ser aproveitadas.
Os alunos devem participar das discussões, levantar as primeiras pesquisas, montar cartazes sobre os temas, fazerem uma prévia de conhecimentos sobre o projeto, a fim de orientá-los, prepará-los para o passeio e aguçar a curiosidade sobre o assunto. Dessa forma, não chegam ao local sem terem a mínima noção do que poderão aproveitar, conhecer e aprender.
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Contar com a participação e envolvimento dos estudantes durante as discussões de um projeto pedagógico é fundamental, pois o trabalho deve se dirigir para o centro de interesse dos mesmos. Não adianta o professor ser autoritário e optar por levar um projeto pronto, seguindo um caminho que não seja apoiado pelos estudantes, pois corre o risco de que os mesmos sintam-se desmotivados e diminuam o empenho.
Em sala, devem fazer um roteiro sobre os aspectos mais importantes do passeio, algumas perguntas podem ser formuladas para serem feitas para os guias, a fim de dar maior direção e riqueza às informações recebidas. Além disso, devem lembrar dos objetivos do projeto, o que querem descobrir, onde pretendem chegar com os conhecimentos da visita ao museu.
É importante conversar sobre a veracidade dos documentos e obras ali existentes, as principais formas de preservação desses materiais, da integridade física dos mesmos, do seu papel social com a comunidade, propondo a investigação, aguçando a curiosidade, conseguindo manter uma comunicação verdadeira acerca de um museu.
Segundo Letícia Julião, mestre em ciência política pela UFMG, ex-diretora do Museu Histórico Abílio Barreto, “é fundamental a implementação de um programa de pesquisa institucional permanente, capaz de restituir-lhes o papel de espaço destinado à construção e disseminação do conhecimento na sociedade, [...] que tem reduzido os museus a lugares de turismo e lazer”.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola