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Novas realidades educacionais

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...o amor é como um grão,
morre, nasce trigo,
vive, morre pão...
Gilberto Gil


A sociedade como um todo é responsável pela educação. Todo individuo é capaz de ser educado e tem direito a receber educação. Devemos, pois, criar ambientes diversificados de ensino e aprendizagem onde os sujeitos que aprendem (alunos e professores) possam aumentar a sua própria potencialidade e aprender a viver em sociedade.
Para ser professor do século XXI é necessário desenvolver novos papéis e novas realidades educacionais. Atualmente, devemos nos preocupar com a extensão do ser de cada aluno, com a natureza compartilhada da educação, com a necessidade de aprendizagem continuada, ter responsabilidade pela qualidade, enfatizar a importância do trabalho coletivo na escola e trabalhar a inovação e criatividade. Quando falamos em novos papéis, traduzimos a necessidade de ensinar em contextos multi culturais, considerar os alunos na sua personalidade, requerer o desenvolvimento de competências sociais, incluir alunos com necessidades especiais e trabalhar em equipe.
De acordo com Nóvoa, “Ser professor obriga a opções constantes, que cruzam a nossa maneira de ser com a nossa maneira de ensinar e que desvendam na nossa maneira de ensinar a nossa maneira de ser”
Com o novo perfil de professor, devemos efetivar para todos o direito à educação, o direito à igualdade de oportunidades, o que não significa um “modo igual” de educar a todos, pois devemos observar as características e necessidades individuais. As novas práticas devem se constituir em remoção de barreiras para a aprendizagem e efetivar a participação de todos os alunos no processo de ensino/aprendizagem.
As novas realidades educacionais, falam dos mecanismos de inclusão e exclusão, através de três grandes dimensões que são: a cultura, as políticas e as práticas de educação inclusiva. Nesta perspectiva, os alunos devem ser igualmente valorizados. As diferenças entre os alunos devem ser usadas como solução para o processo da aprendizagem. Dentro da Instituição escola, todos os segmentos envolvidos devem atuar como agentes educativos acreditando no potencial humano.
Todos nós temos necessidade de contracenar com outros, em busca de novas sensibilidades, idéias e opiniões, a fim de enriquecer com a diversidade.É preciso aprender a conviver, a reconhecer e a trabalhar sob pontos de vista diversos.
Em vista do proposto, concluímos que a sociedade atual está sob a égide de um abalo cultural, social e emocional, que produz o esvaziamento das verdades, que não são tão absolutas, das crenças, valores e mitos não tão inabaláveis.Hoje, sabemos, que temos que buscar o sentido das coisas, dos acontecimentos e da nossa existência, como pessoa ímpar e especial, em um processo cíclico e desafiante.
Referenciais: Nóvoa, Antonio - Alarcão, Isabel

Amélia Hamze
Colunista Brasil Escola

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