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Bomba no vestibular

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A concorrência deste processo seletivo é desleal

A expectativa de ingresso em uma boa universidade é absolutamente normal, afinal, os estudantes passam toda a sua vida escolar pensando em um desfecho excepcional, graduando-se no curso de seus sonhos. Para os pais não é diferente, já que são eles quem acompanham seus filhos durante toda esta jornada. É natural que parte do entusiasmo e aflição venha deles.

A diferença é que para os estudantes, que estão na fase da adolescência, a maturidade para saber lidar com uma reprovação é muito menor. E é nesta hora que os pais devem assumir um papel diferente e posicionarem-se ao lado de seus filhos e não jogá-los contra a parede. Ser aprovado pelo vestibular de uma boa universidade é excelente, mas não significa que a reprovação do estudante seja seu atestado de fracasso.

A concorrência dos vestibulares, principalmente aqueles das universidades públicas, é até desleal, a ponto de 60, 70 pessoas disputarem uma única vaga em um curso. Estes números geram muita pressão sob os ombros dos estudantes, que muitas vezes não conseguem enxergar novas perspectivas após sofrerem uma reprovação.

Não passar no vestibular pode ter muitas razões: o emocional do estudante pode estar abalado, ele pode estar mal-preparado, ele pode ter dificuldades de concentração e aprendizado e até mesmo não dar muita importância para o processo seletivo. O primeiro passo dos pais é descobrir em que “categoria” seus filhos se encontram antes de apontar-lhes o dedo e dizerem o tempo todo o quanto estão decepcionados e tristes com o resultado obtido.

Qual o perfil do seu filho?

Às vezes, tudo vai bem, o estudante é um ótimo aluno, tira excelentes notas, mas quando chega na hora da prova não consegue demonstrar todo o seu conhecimento. Este caso é típico e deve ser tratado com a ajuda de psicólogos. São eles os profissionais competentes para lidar com este tipo de problema emocional que afeta muitos vestibulandos. Nestes casos, o apoio dos pais é primordial e as críticas e pressões devem ser absolutamente descartadas.

Conhecer as limitações dos estudantes é uma parte difícil, porém muito importante e que deve ser observada pelos pais. Os pais devem visitar a escola de seus filhos e verificar com professores e diretores o desempenho dos estudantes em sala de aula, suas dificuldades e facilidades. Os educadores são aqueles que acompanham a vida escolar dos estudantes e estão aptos a dar informações importantes sobre o comportamento dos mesmos em sala de aula.

Se o aluno tem dificuldades de concentração, não presta atenção às explicações e não se interessa pelo conteúdo, então é hora de sentar, conversar e colocar os pingos nos “is”, afinal, é o futuro dele que está em jogo e esta não é a hora de brincar. No entanto, se o estudante tem dificuldades em disciplinas exatas, por exemplo, como matemática e física, a maneira correta é procurar ajuda profissional. Contratar professores particulares ou matriculá-lo em cursos específicos é a forma de ajudar o aluno a ganhar auto-confiança para prestar o vestibular.

E se o problema não for o seu filho?

Pode acontecer também de o problema não ser o aluno e sim a escola. Talvez seja esta a hora de encontrar um cursinho preparatório para vestibular, especializado em administrar o conteúdo que é cobrado em processos seletivos. Nestes cursinhos, o principal não é ministrar conteúdo do ensino médio, pois esse papel é exercido pelas escolas normais. A função do cursinho é ensinar aos estudantes as especificidades de cada vestibular, o que conta pontos e o que tira pontos na hora de responder a uma prova.

É claro que os conteúdos do ensino médio são tratados ali, mas de forma diferente: eles são “re-ensinados” para que o candidato saiba como tratar do assunto num âmbito seletivo. Sabe-se que quem passa no vestibular hoje em dia não é quem sabe mais e sim quem tem mais maturidade para saber o que, de fato, a questão está avaliando e qual a maneira mais correta de responder a ela. Cada vestibular tem um formato: uns são de múltipla escolha, outros de certo ou errado, outros de somatório e outros com questões discursivas. E cada um deles exige um diferente domínio de técnica para poder respondê-los.

Sabendo como lidar esta situação, a aprovação destes filhos virá, afinal, vestibular não é só uma vez na vida. Se não passarem desta vez, poderão tentar no próximo semestre ou no próximo ano. Muitos passam anos e anos tentando até serem aprovados na universidade que escolheram. É preciso manter o apoio e o diálogo constantes nestes lares, pois assim, esta fase poderá logo ser superada por toda a família.

Por Marla Rodrigues
Equipe Brasil Escola

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