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Ajudar uma criança ou adolescente com necessidades especiais a desenvolver habilidades não é tarefa fácil.
Normalmente, os pais acreditam que poupá-los, praticar tudo para eles é o melhor que tem a fazer, pois facilitam sua vida, já que possuem certas limitações físicas.
Pensar dessa forma é um erro, pois o desenvolvimento motor, o aumento das destrezas corporais depende da prática dos movimentos que o sujeito exerce, o que irá acontecer na medida em que tiver a oportunidade de participar ativamente do meio familiar e social em que vive.
Portadores de síndrome de down e de paralisia cerebral leve são extremamente capazes de realizar tarefas simples, como: guardar objetos, se vestirem sozinhos, tirarem a mesa, dentre várias outras. Essas atividades poderão auxiliá-lo a melhorar suas condições físicas e também psíquicas, uma vez que se sentirão valorizados.
Elogiá-los após o término das tarefas é uma forma de mostrar o quanto são capazes e o quanto a família fica satisfeita por participarem do movimento da casa.
Executar pequenas atividades aumenta a auto-estima
Tomar banho sozinho é uma ótima forma de aprender as partes do corpo, pois um adulto pode acompanhá-lo, orientando-o que lave a cabeça, as orelhas, o bumbum, os pés, as pernas, etc. Porém, é importante que haja momentos de maior liberdade para a criança ou adolescente, onde possa fazer da forma como consegue.
Comer ou até usar o banheiro sozinho são oportunidades de a criança ampliar seu domínio motor. É correto que a família incentive-a a se alimentar, mesmo que derrame a comida, pois aos poucos, melhorará a coordenação motora. No caso do banheiro, é importante aprender usá-lo de forma correta, bem como a se limpar sozinho, para tornar-se mais independente e desenvolver a autonomia.
Jogos e brincadeiras dos irmãos ou mesmo com os pais, além disso devem fazer parte da rotina desse sujeito, pois a diversão também é um momento de passar pelo crescimento. Normalmente, nesses momentos, tem-se a oportunidade para se aprender a lidar com a frustração da perda ou a euforia da vitória.
Essas são formas que a família encontra para mostrar que aceita a diferença do filho e que acredita no seu potencial.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola