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A Síndrome de Williams, ou Síndrome Williams-Beuren, é uma desordem genética que ocorre em aproximadamente uma criança a cada dez a vinte e cinco mil nascimentos; apresentando impactos nas áreas comportamental, cognitiva e motora. Dentre suas características, está a facilidade de comunicação, apresentando um repertório bem articulado e fluente; a dificuldade em compreender ironias ou intenções não verbais; comportamento ansioso e/ou hiperativo; dificuldades relativas à orientação espacial e cálculos matemáticos; e hipersensibilidade a sons – principalmente ruídos.
Lidar com um portador desta síndrome, em sala de aula, requer conhecimento do professor em relação a ela; a fim de que este seja assistido de acordo com sua capacidade e necessidades, e também sem prejudicar os outros colegas.
Assim, este artigo tem como propósito fornecer algumas dicas ao docente em relação a tais aspectos. Estas serão mais efetivas se houver comunicação e trabalho em conjunto entre família e escola.
Atividades em duplas, sempre que possível, devem ser utilizadas, já que os portadores de SW são bastante sociáveis, mas nem sempre são aceitos com facilidade pelos colegas. Esta é uma forma, inclusive, de reforçar que estes alunos, apesar de possuírem algumas dificuldades específicas, em diversos outros aspectos têm capacidade de desenvolver atividades tais como outros colegas de sua faixa etária.
Quanto a estas dificuldades, a substituição de alguns objetos por outros e adoção de estratégias diferenciadas podem fazer muita diferença no resultado final do processo de aprendizagem do aluno. No caso da dificuldade motora, reduzir o uso de “lápis e caneta” adotando, por exemplo, o computador como ferramenta de trabalho e, quando não for possível, lápis e canetas mais grossos podem ser de grande valia.
A utilização da sensibilidade (e memória) auditiva a favor do aprendizado destes alunos também é uma medida interessante. Os de séries iniciais, por exemplo, podem ser estimulados a fazer leituras em voz alta; e os de séries mais adiantadas, apresentar trabalhos criando paródias, ou mesmo música. Utilizar em aula músicas cujas letras tenham relação com o conteúdo estudado também é uma boa estratégia.
Além disso, materiais gráficos, como fotografias, vídeos e ilustrações, também são excelentes formas de abordagem, já que os portadores da SW se sentem motivados a trabalhar com este tipo de material, que pode também ser ferramenta eficaz no ensino da Matemática.
No que se diz respeito ao falar ou perguntar repetidamente sobre o mesmo assunto, pode ser interessante que ignore a repetição a partir da segunda vez em que esta for feita, ou que se mude o assunto. Outra forma de lidar com este comportamento é pedir para que o próprio aluno repita a resposta dada a ele anteriormente, para que perceba que não existe necessidade da pergunta ser feita novamente.