Com a chegada do final do ano é comum aumentar a movimentação de procura nas escolas, sejam elas de educação infantil, ensino fundamental ou ensino médio.
Sejam cautelosos quanto às estruturas das mesmas, se estão adequadas à faixa etária a que atendem. Casas adaptadas nem sempre podem ser uma boa opção, pois não foram projetadas para o funcionamento de uma instituição de ensino, podendo deixar de atender algumas necessidades dos alunos. Além disso, hoje em dia é exigido por lei que a escola tenha acesso facilitado para deficientes físicos e cadeirantes, como: rampas, portas largas, banheiros adaptados, etc.
Ficar atentos à quantidade de profissionais que a instituição possui para atender cada faixa etária, também é um cuidado que os pais devem ter. Se crianças até quatro anos ficam com uma professora, sem auxiliar de sala, poderão prejudicar o trabalho desenvolvido, bem como comprometer a integridade física e emocional dos alunos. A lei também faz restrições quanto a esse detalhe e os pais devem exigir seus direitos.
Ao conhecerem uma escola de educação infantil, observem a disposição das salas, a quantidade de crianças nas mesmas, os brinquedos ali presentes, a quantidade dos mesmos, se estão em perfeito estado de conservação e higiene, etc. Brinquedos de parque devem ser observados: se não proporcionam perigo para os pequenos, tendo que estar bem adaptados à faixa etária.
Não se deixem enganar por promessas que não são comprovadas no aspecto visual. Muitas escolas apresentam-se como perfeitas, mas na prática do cotidiano nada disso acontece. Olhe os detalhes, indague sobre aquilo que não está em ordem.
Pergunte, questione sobre os materiais didáticos, sobre as quantidades de brinquedos, o que as crianças fazem durante o período, que atividades são propostas, quais os profissionais que irão atendê-la, pois este é o momento adequado. Observe também a organização da sala da direção e da coordenação. Caso estejam bagunçadas, desconfie, pois pessoas desorganizadas não desempenham bem suas atividades e são desorganizadas com os outros também.
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É comum vermos escolas de cunho bilíngüe, mas nem sempre isso acontece na prática. Uma escola com esse caráter deve ter aulas de inglês pelo menos uma hora por dia. Caso isso não aconteça, a escola não é bilíngüe. Não se deixe enganar pelos modismos e pelos exageros de recursos visuais que a instituição oferece, pois nem sempre são eficientes quanto à boa formação educativa.
Questione sobre a formação dos profissionais que irão atender seu filho, se possuem formação específica da área em que atuam, se são especialistas, etc. Falar da rotatividade dos profissionais também é importante, uma vez que a troca excessiva dos mesmos indica que a instituição não apresenta um plano de carreira, podendo apresentar sérios problemas.
No caso dos períodos integrais, a escola deve oferecer uma alimentação adequada, com um cardápio elaborado por nutricionista. Se possível pegue o nome dessa profissional, pois em caso de doenças com seu filho, poderá ligar e passar para esta, diretamente, os cuidados recomendados pelos médicos. Fique atento, pois algumas escolas prometem esse serviço, mas não são de qualidade e não possuem contrato firmado com o profissional, ou seja, vendem um produto que não está presente no dia-a-dia das crianças.
Ainda sobre os períodos integrais, a escola deve ter condições, espaços adequados para os alunos repousarem depois das refeições, como berços, caminhas ou tatames para os maiores. Uma televisão é uma boa maneira de prender a atenção dos alunos, além de deixá-los descansados e relaxados.
A instituição deve ter espaços reservados para atividades lúdicas como salas de jogos e brinquedos, parques, sala de DVD, além de outros.
Um fator importante e nem sempre lembrado durante uma visita a uma escola é a verificação dos banheiros, os estados de higiene em que se encontram e as condições físicas dos mesmos. É importante observar antes, para não ter o que reclamar depois.
Seguindo estas informações, pais e responsáveis, bem como os alunos, terão resultados satisfatórios no que diz respeito à rotina escolar de seus filhos.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola