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Educação a distância é uma modalidade de ensino cujos recursos metodológicos baseiam-se nas esferas das diversas Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC’s, onde a distância entre educando e educador é doravante separada temporal e espacialmente.
Partindo da premissa exposta no art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, deverá “o Poder Público incentivar o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada”. Acompanha-se o raciocínio ao lado do Decreto nº 5.622, art. 30, que trata da oferta da educação básica através de ensino a distância, devendo ser tratada obrigatoriamente por parte do Poder Público e facultativo por parte dos alunos da Educação Básica, e levando em consideração as normas previstas na lei; a abordagem da EaD na Educação Básica emanciparia a ideia de uma educação que transcende as barreiras de tempo, de espaço e de oportunidades.
Existem milhares de interrogações quando se refere ao ensino presencial no Brasil, para um país que busca seu desenvolvimento, é essencialmente importante manter a qualidade educacional e, sobretudo, evidenciar a própria qualidade através do nível de aprendizagem alcançado, seja intelectual ou reflexiva de seus estudantes. Não se trata da mensuração daquilo que foi aprendido, se trata da evolução social gerada pela satisfação do ensino escolar.
A acessibilidade de jovens e adultos à educação escolar em países em desenvolvimento é, geralmente, marcada pela dualidade daquilo que é bom e do que é eminentemente essencial – o trabalho. Contudo, pesar a vontade de estudar junto à necessidade de trabalhar e garantir sustento pessoal e para a família, coloca em prova a realidade de tantos jovens e adultos do nosso país, a do difícil acesso à escola. Para Gonzáles (2005), a educação a distância deve ser compreendia como “uma estratégia desenvolvida por sistemas educacionais para oferecer educação a setores ou grupos da população que, por razões diversas, têm dificuldades de acesso a serviços educacionais”.
Nesse sentido, desenvolver estratégias de ensino ligadas a esta modalidade vai bem mais além da simples encubação de se criar laboratórios de informática nas escolas, deve-se pensar no não acesso à escola em razão de tempo, disponibilidade e interesse social, daí a necessidade de novos horários para os estudos e novas concepções de ver o educando neste processo característico desse público, seu desejo de preparação para o trabalho e projeção social.
Acreditar na proposta do ensino à distância com estratégia para permitir o acesso e a permanência do aluno (jovem e adulto) à educação básica é mais que dar uma oportunidade de ensino, é acreditar no ser humano que tem vontades, desejos, mas que vive de escolhas, que possui realidades baseadas na própria sobrevivência.
Pensemos então que a influência tecnológica na educação é fruto da necessidade de se criar um modelo novo de sociedade, não de resolver todos os problemas sociais existentes, mas sim, aproximar sujeito, aprendizagens e práticas sociais que a escola oferece e reproduz, dando oportunidade ao educando de não perder a chance de escolarizar-se e, consequentemente, contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.
Por Giuliano Freitas
Graduado em Pedagogia
Equipe Brasil Escola