Há muitos anos, a educação infantil era tida como um espaço onde a criança ia para brincar, se divertir, passar o tempo, ter oportunidade de conviver com crianças da mesma idade.
Porém, mais do que isso, a educação infantil conquistou seu espaço de valorização e respeito, podendo ser vista como construtora das primeiras aprendizagens sociais e intelectuais do sujeito, através das experiências em que este vive no espaço escolar.
Mesmo tendo conquistado seu espaço, podemos ver até hoje que a avaliação nesse contexto escolar não é tida com a seriedade que deveria.
Não podemos avaliar com tabelas prontas, que envolvem aspectos do cotidiano da criança, nem tampouco pelas produções e registros escritos, mas devemos avaliar continuamente, ou seja, numa avaliação que envolva o aluno como um todo e não fragmentado em partes.
Nessa perspectiva, os relatórios descritivos são a melhor forma de organizar dados referentes ao desenvolvimento das crianças nas creches e pré-escolas.
O professor consciente, preparado, não vê o relatório como um formato trabalhoso de avaliar, mas como um instrumento de suporte para a especificidade do exercício de sua profissão. É uma forma de se autoavaliar, refletir sobre as estratégias utilizadas, identificando com responsabilidade o que funciona e o que pode ser modificado.
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Mas para que o relatório seja eficiente, é necessário dispor de tempo para fazer pequenas anotações diárias, sobre o comportamento, a participação, o envolvimento, o equilíbrio psicológico, dentre outros, de cada aluno durante as aulas.
O professor não precisa anotar tudo, pois assim teria muito trabalho, mas anotar as informações mais relevantes, atitudes da criança que mais chamaram a atenção naquele dia, em determinado momento. Ao final do bimestre terá juntado as mais preciosas informações sobre cada aluno, o que lhe trará a segurança para redigir os relatórios.
Através do relatório o professor demonstra o quão trabalhosa é a sua lida com as crianças, em razão dos detalhes que são citados no mesmo – no dia tal, a aluna ajudou o colega a vestir a blusa, já apresenta uma coordenação motora desenvolvida, pois conseguiu passar os fios do alinhavo corretamente.
Com isso, os pais vão tendo noção das atividades desenvolvidas, bem como percebendo a importância de cada uma delas para o desenvolvimento da criança, seja motor, cognitivo, afetivo ou social.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola