Na pedagogia da atualidade, vemos muito se falar em projetos pedagógicos, feiras culturais, exposições e festas como ponto de culminância dos mesmos.
Porém, atrás dessa vertente deve existir uma estrutura fundamentada na pesquisa, a fim de levar para o trabalho dos envolvidos no processo educativo, o trabalho pedagógico, ao aprender através da observação, da análise e da investigação.
Não adianta a escola mascarar que um trabalho onde não se faz pesquisas e reflexões será detentor de maior capacitação dos alunos, bem como dos profissionais. Pelo contrário, perde-se a oportunidade de habilitá-los melhor, diante dos tantos temas desenvolvidos.
Não basta que o professor escolha um assunto para ser apresentado pelos alunos. Pelo contrário, o eixo de trabalho deve ser de opção dos estudantes, aquilo que desperta o interesse do grupo.
Não basta pesquisas na internet, com textos montados por “Ctrl c e Ctrl v”. Não basta montar cartazes e afixá-los nas paredes e murais da escola.
Pelo contrário, o processo de pesquisa deve levantar aspectos históricos, que os fundamentem, levando-os para a realidade social como forma de reestruturar o pensamento e as ações dos estudantes. Assim, irão percebendo e analisando as situações vividas, as consequências advindas dessas, buscando entender em que aspectos pode-se crescer ou melhorar, agregando-os às necessidades do hoje e do agora, mas também reportando-os ao futuro.
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Um claro exemplo é sobre a sustentabilidade. Não adianta propor o desenvolvimento de um projeto desse nível sem fazer estudos mais profundos sobre a degradação ambiental. Não basta montar uma aula de artes e reaproveitar materiais reciclados, fazendo trabalhos manuais com os mesmos.
Para a pesquisa se tornar completa e surtir efeito, existe a necessidade de se avaliar os motivos que causaram tamanha destruição e os problemas advindos dela, mas também de lançarmos ideais para o futuro, do que pode ser feito para garantir a qualidade de vida no planeta, que ações devemos ter hoje para que isso aconteça em benefício do futuro, tanto no aspecto individual como de coletividade.
É preciso sair da utopia, trabalhar com a realidade, com os tantos fatos e problemas sociais que temos vivido: violência, prostituição infantil, drogas, desestruturação familiar, natureza, tecnologia, industrialização, crescimento populacional, cidadania, uma série de eixos temáticos que se enquadram no passado, no presente e no futuro.
Com isso, o nível de desenvolvimento intelectual atingido é de muito mais qualidade e interessante para os alunos. Sem contar que torna-se mais proveitoso para os mesmos, mas também para os professores, para a escola e para toda comunidade educacional.
Pesquisa na escola não é brincadeira, pelo contrário, é a garantia da verdadeira aprendizagem e abonação do sucesso.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola