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Foi o tempo em que analfabetos eram somente aqueles que não estavam inseridos no mundo letrado. Com os avanços tecnológicos, hoje em dia as pessoas que não dominam as técnicas virtuais também são assim consideradas.
Uma tarefa nada fácil para pais e professores é escolher softwares educativos para crianças, pois os fabricantes lançam seus produtos a fim de conquistar os clientes pelo apelo visual que os mesmos oferecem.
Porém, nem sempre esses produtos apresentam adequação para as respectivas idades.
Para isso, é necessário compreender o processo educativo e a forma como o mesmo acontece, as diferentes fases de desenvolvimento do pensamento, a maturidade de cada etapa, que devem ser respeitadas por todos os envolvidos no processo educativo.
Por mais que os jogos informatizados sejam um atrativo para as crianças e proporcionem aprendizagem, são apenas mais um recurso para se educar. Mas a aprendizagem não se dissocia das relações humanas, pois não existe processo educativo sem a interação do sujeito com outras pessoas.
Os softwares para crianças apresentam pontos favoráveis e desfavoráveis. Entre a faixa etária de três a nove anos de idade, podemos considerar vantagens os sons, as músicas, vozes infantis, gráficos bem delineados, etc. As desvantagens para esse grupo podem ser música cansativa, interface confusa, desenhos pobres, vozes de adultos.
Após os dez anos de idade aos pontos positivos somam-se sons, músicas, vozes de adultos ou crianças mais velhas, maior elaboração dos desafios, interfaces menos infantis e gráficos bem feitos. As desvantagens voltam-se para músicas cansativas, vozes e interfaces muito infantis, pobreza dos desafios e figuras pouco detalhadas.
O melhor a fazer é optar por jogos criativos ou os de desenho e pintura, muito bem aceitos pelos estudantes.
Os jogos de criatividade utilizam a curiosidade das crianças para ensinar, trabalhando, sem que os mesmos percebam, os conteúdos escolares. São cheios de desafios, enigmas próprios para cada idade, como se fossem revistas de atividades, aquelas adquiridas nas bancas de jornal.
Esses softwares são classificados pelo critério da repetibilidade, ou seja, a vontade da criança jogá-lo outra vez, por várias vezes. Os assuntos dos mesmos aparecem separados por áreas como: leitura, escrita, matemática, história, inglês, geografia, de acordo com as distintas séries. Além desses, são encontrados facilmente enciclopédias, atlas, cursos, etc.
Os jogos criativos apresentam uma série de atividades interessantes, estimulam e ensinam as crianças a tomarem decisões, trabalham conceitos de cidadania, atitudes socialmente corretas, regras básicas de higiene, ecologia, reciclagem, trabalha sobre a cidade, o campo, etc.
As atividades variam bastante, mas apresentam os modelos de liga-pontos, figuras enigmáticas, quebra-cabeças, formação de figuras, composição de cenários, jogos de memória, labirintos, além dos desafios escondidos, que surgem com surpresas.
Existem ainda os jogos que exploram lugares, como os caça objetos escondidos, os de supermercados onde as crianças fazem compras, etc. Programas divididos por fases, onde a cada etapa vencida os participantes enfrentam novos desafios, até conquistarem outros novos objetivos.
Para se certificar de que o material tem mesmo boa qualidade, solicite um teste com o produto. Caso a loja não o tenha disponível é melhor não levar, pois comprar um produto pela beleza da embalagem pode ser uma grande decepção.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola