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O professor e a educação sexual

O professor é responsável por abrir um caminho de comunicação para que o tema educação sexual seja abordado sem nenhum preconceito.
O professor deve propiciar um ambiente em que o aluno esteja à vontade para expor suas dúvidas
O professor deve propiciar um ambiente em que o aluno esteja à vontade para expor suas dúvidas
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A iniciação sexual no nosso país ocorre cada dia mais cedo. No ambiente escolar, é comum observarmos jovens grávidas no auge de sua adolescência. Além disso, temos a televisão e a internet, que exploram a sexualidade de maneira tão exacerbada que é difícil aceitar que nossos alunos ainda precisem aprender alguma coisa. E é aí que devemos nos perguntar: qual é o meu papel como professor no que diz respeito à educação sexual?

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a sexualidade é parte integrante da personalidade de cada um e influencia pensamentos, sentimentos, ações, interações e a saúde física e mental. Diante disso, a sexualidade é um assunto que passou a ser incorporado no currículo como tema transversal.

Educação sexual não é apenas dizer quais são os métodos mais eficazes e quais doenças podem ser transmitidas através de um ato sexual desprotegido. Educação sexual é saber ouvir e ensinar livre de qualquer preconceito.

A sala de aula deve ser um local para que o aluno possa expor seus questionamentos, desmitificar alguns assuntos, quebrar tabus e, principalmente, poder colocar para fora todos os seus sentimentos. Devemos ter em mente que os alunos não são apenas meros ouvintes, eles devem ser ativos e participativos na discussão do tema. Isso normalmente não é levado em consideração, uma vez que é frequente a metodologia baseada em palestras sobre sexualidade.

Nós, professores, temos o papel de saber ouvir o que nossos alunos querem dizer. A sexualidade, tão explorada algumas vezes, ainda é tratada como um tema proibido nas escolas. É frequente a queixa de professores que acham que os alunos ficam incontroláveis após uma aula de educação sexual ou que o tema não deve ser tratado tão abertamente. São esses professores que não sabem ouvir ou que não querem ouvir, que atrapalham o processo de formação daquele aluno.

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O tema tem que ser tratado como qualquer outro tema, uma vez que ele aparece frequentemente no ambiente escolar. Nós devemos construir um ambiente em que o aluno se sinta bem em dizer o que pensa e possa retirar suas dúvidas. Devemos propiciar um local agradável para tratar do assunto. Entretanto, é papel do professor, ao tratar do tema, não permitir que os alunos utilizem linguagem imprópria ou ofensiva. Deve-se tratar o assunto com a seriedade que ele merece.

Geralmente o papel de realizar projetos em educação sexual é designado ao professor de biologia, porém, se outro professor possui maior intimidade com os alunos e consegue levar as discussões para o lado correto, não há motivo para que ele não o faça. Todos os professores devem trabalhar juntos para que o tema seja abordado de forma agradável e respeitosa.

O sexo não deve ser banalizado como está acontecendo nos dias atuais. É importante que o adolescente aprenda todos os riscos e problemas ocasionados por uma iniciação sexual precoce ou por uma relação desprotegida. Ele precisa ser orientado! E é aí que nós, professores, entramos em ação, abrindo uma comunicação sem tabus e sem preconceito com nossos jovens.


​Por Ma. Vanessa dos Santos