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Pedagogia da Sensibilidade

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A cumplicidade nasce através da relação de confiança
A cumplicidade nasce através da relação de confiança

Numa proposta de Marcus De Mário, em seu livro A Pedagogia da Sensibilidade, o autor se utiliza dos preceitos morais, a fim de proporcionar elementos que estruturem a construção do caráter dos indivíduos.

A base para essa construção é considerarmos, enquanto educadores, que a criança ou o adolescente são dotados de inteligência e sentimento, que aprendem através do amor, do exemplo e pelas próprias experiências vividas.

Na visão da psicopedagoga Alicia Fernandez, seria a vinculação positiva entre ensinante, aprendente e objeto do conhecimento.

A educação moral é defendida desde o século XVIII, e Pestalozzi foi considerado seu maior defensor. Acreditava que a formação deve ter como eixo central a realização do homem.

Através dos valores humanos consegue-se aguçar os sentimentos dos educandos, a fim de trabalhar o desenvolvimento da sua autoestima, além de aprender que as outras pessoas também são dotadas desses mesmos sentimentos.

Segundo o autor, nesse processo construtivo, pais e educadores devem respeitar a sensibilidade de cada sujeito, considerando que uns são mais sensíveis que outros, além de que a intensidade dessa sensibilidade pode variar numa mesma pessoa, dependendo do fato ocorrido.

Às vezes uma criança briga com o colega e o chama de bobo, este chora apresentando muita mágoa, sentimento de dor. A mesma situação vivida por uma criança com a autoestima mais elevada não provoca tanto sofrimento, pois a mesma já aprendeu a superar esse sentimento.

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Ainda sobre a sensibilidade, “Estudos revelam que crianças que raramente ou nunca são surradas têm melhor desempenho em testes de inteligência do que crianças que apanham frequentemente. O atraso no desenvolvimento de suas capacidades cognitivas está relacionado com a falta de diálogo e afeto dos pais, fatores de estímulo e enriquecimento de sua capacidade de aprender”, diz o autor.

Compartilhando vivências e experiências, a criança e o adolescente vão aprendendo a conviver com as diversas situações da vida, passando a controlar melhor suas emoções, tornando-se equilibrados emocionalmente, o que facilitará o processo de aprendizagem e seu desenvolvimento cognitivo.

Da mesma forma, aprenderão a se sensibilizar com o sofrimento do outro, emocionando-se mais, aumentando a afetividade em relação ao mundo que os cerca.

O papel da escola, nesse sentido, é também o de trabalhar os valores humanos existentes nas relações familiares, como: diálogo, afetividade, amizade, respeito, amor, atenção, carinho, dentre outros, a fim de desenvolver a Pedagogia da Sensibilidade.

Deve trabalhar com os alunos práticas de cooperação, bondade, solidariedade; as relações interpessoais; exercícios de vida nas relações cotidianas; além de desenvolver técnicas de estudo, sensibilização; instinto, sentimento e aspecto cognitivo.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola