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Sala indisciplinada

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Uma sala disciplinada depende do professor!

Observando a relação professor-aluno e aluno-aluno ao longo das experiências, repensando o processo de aprendizagem e também das didáticas, podemos tirar algumas conclusões a respeito de uma sala indisciplinada:

1. Primeiramente, excluir o pensamento de que determinada turma não pode ser disciplinada, pois todos têm capacidade de nos ajustar ao que nos é solicitado, basta sermos convencidos disso.

2. Organizar a sala; a disposição das carteiras; a temperatura da sala (que pode ser controlada por janelas ou ares-condicionados); acomodação dos cartazes (se houver), com o cuidado de não poluir visualmente o espaço.

3. Procure conhecer seu aluno, pergunte os professores como eles são nas outras aulas, procure o coordenador e/ou o diretor para conversar (se houver abertura). Investigue superficialmente a turma! Se já a conhecer, sempre que entrar um novato o receba bem e o observe em sala, ajude no que for necessário!

4. Caso um aluno que era comportado e dedicado comece a ficar desinteressado, chame-o em particular e tenha uma conversa calma e sincera. Na maioria das vezes dá certo, mas é necessário acompanhá-lo sempre que possível.

5. Para os alunos que já são conhecidos como “bagunceiros”, uma conversa honesta também pode funcionar, além do acompanhamento certeiro. Contudo, se mesmo assim não surgir efeito, estabelecer regras dentro da sala e aplicar uma punição para cada falta desrespeitosa irá ajudar. Mas lembre-se: regras são regras, e não podem ser quebradas! Essas regras podem ser elaboradas com o professor e os alunos, para que não haja acusação de autoritarismo. Contudo, essa punição deve ter fundamento e não pode, sob nenhuma condição, ser humilhante. Também não puna com tarefas, pois desvaloriza o sentido das mesmas.

6. O professor deve se bem-humorado e tratar todos com igualdade. Logo, seja cordial e não faça acepção de pessoas, trate todos bem, com respeito. Pois, caso o desrespeite, você terá argumento diante da sala de conversar abertamente e resolver o problema. É importante solucionar o empecilho diante de todos para que não haja outros, pois os alunos saberão da postura do professor e também o apoiarão, já que o mesmo nunca deu motivos para que houvesse desrespeito.

7. Nunca grite ou aumente o tom de voz, pois para que haja comunicação é necessário que um ouça e o outro fale. E com gritos isso não é possível! Se o aluno se exaltar, fique calado e espere que ele termine de falar. Não o encare, nem o enfrente. Espere! Quando ele terminar de falar, se achar melhor argumente, se não, tome uma atitude e mantenha-se firme! Mas comunique-o do que está fazendo: Estou o encaminhando à direção por ter me desrespeitado ou algo semelhante. Em último caso, retire o aluno da sala, mas se o fizer, o acompanhe até a coordenação e explique os motivos! Solicite a um aluno de confiança que supervisione a sala e deixe uma atividade do livro. Quando chegar em sala não comente nada perto dos colegas, caso seja indagado, simplesmente diga: assunto resolvido, vamos retomar a aula!

8. Não tente recompensar maus comportamentos para reconquistar algum aluno, continue firme com sua decisão e trate-o como os outros, sem preconceitos. Por falar em pré-concepções, sempre converse com a turma em relação a apelidos em sala, não os aceite, sob nenhuma hipótese.

9. Seja sincero com a turma a respeito do comportamento da mesma e faça questionamentos uma vez por semana ou por mês (dependendo da necessidade): vocês aprovam o comportamento de vocês?, o que precisa melhorar?, o que está bom?. Neste processo, é interessante debater algo que está na mídia com relação à má conduta de alguém que resultou em uma consequência grave.

10. Por fim, enfatize as melhoras da turma, mas sempre deixe claro o que ainda precisa ser melhorado! E tenha em mente que o exemplo que o professor dá em relação à conduta de alguém é o que o aluno vai seguir durante as aulas!

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

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