É muito comum vermos crianças pequenas manuseando moedas, seja para juntá-las em um cofrinho ou mesmo para comprar o lanche da escola.
Esse contato é muito importante, pois aos poucos a criança vai aprendendo as primeiras noções matemáticas, além de criar noção de valor das coisas e a importância de se juntar e economizar.
Os pais precisam ter cuidado, pois há uma idade adequada para os pequenos poderem fazer uso desse material, sem que corram riscos de contaminação ou mesmo acidentes, como engoli-las.
Esse conhecimento é tão importante para nossas vidas que até mesmo as pessoas que nunca tiveram a oportunidade de passar por uma escola, ou seja, pelo aprendizado sistemático, o adquirem de forma adequada. Constantemente vemos crianças de rua, nos semáforos das cidades, pedindo esmolas ou vendendo balas, frutas, doces, onde sabem com precisão fazer os cálculos para voltarem o troco ou somarem a quantia, verificando se a mesma está correta.
Isso acontece em razão do sistema monetário fazer parte de nosso dia-a-dia e, principalmente, por se tratar de um assunto do interesse de todos, pois sem esse conhecimento ficaria impossível viver de forma independente.
Assim, vemos que a matemática ensinada na escola deve trabalhar com esse sistema, devido à importância que tem em nossas vidas.
Segundo Neila Tonin Agranionih, é importante “explorar, desde as séries iniciais, as relações lógico-matemáticas e numéricas presentes nas situações que envolvem o uso do dinheiro, pois estas estão diretamente ligadas ao mundo moderno”.
É importante valorizar aquilo que é patrimônio de nosso país e as crianças devem conhecer “a moeda nacional, as cédulas e as moedas que compõem o Sistema Monetário Nacional”. Aos poucos irão assimilando porque trocamos moedas por objetos ou mesmo por serviços, como energia, água e aluguel ou prestação da casa própria.
Aos poucos as crianças vão construindo um saber matemático, que ficará por toda a vida, como sistema decimal de numeração, composição e decomposição, comparação, além das quatro operações.
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Existem algumas lojas atacadistas, ou mesmo de R$1,99, que possuem em seus estoques o dinheirinho de brinquedo, que podem ser adquiridos pela escola ou solicitados nas listas de materiais, onde cada aluno trabalhará com o seu. Alguns livros didáticos trazem esse material como encarte, os alunos devem recortá-los ou destacá-los para o uso, pois é um material de uso cotidiano que facilita o aprendizado. Em sala de aula pode-se trabalhar também com jogos que envolvam o sistema monetário, como o banco imobiliário e outros, a fim de proporcionar momentos de maior interação e contato com o conteúdo abordado.
As turmas que forem trabalhar com esses conceitos poderão montar, com material reciclado, um mini mercado, onde cada aluno fica responsável por juntar embalagens vazias utilizadas em sua casa, para a montagem do mesmo. Depois fazem uma pesquisa de preços, através de encartes de jornais ou folhetos entregues nas ruas, e colocam os preços nos produtos que levaram para a sala de aula. Ao final, poderão fazer simulação de compra, o professor pode estabelecer um determinado valor a ser gasto. Para essa atividade, é importante que tenham os compradores e os caixas do mini mercado, para que todos possam trabalhar de forma integrada e fazendo cálculos.
Vemos assim que trabalhar com sistema monetário pode ser uma atividade bem atrativa para os alunos, não necessariamente tendo que ficar presos aos livros didáticos, mas podendo trabalhar de forma ativa, com cálculos mentais e ao mesmo tempo aprendendo através da diversão.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola