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A ciência geográfica pretende, em muitos casos, realizar a integração entre a Geografia crítica e o socioconstrutivismo. A Geografia crítica é uma ramificação ou uma linha de pensamento da ciência que presa pela análise do espaço cultural, aquele construído pelo homem, além de todas as relações sociais (campo x cidade, cultura, economia, guerras, etc.). Já o socioconstrutivismo é um tipo de filosofia de ensino que tem como base a aprendizagem a partir do autoconhecimento do educando, no qual o aluno é responsável pela construção do saber. Nesse sistema, valoriza-se o conhecimento que o educando traz consigo, além das experiências e o contexto social, econômico e cultural, que devem ser levados em conta no processo.
A valorização da experiência na construção do conhecimento não vale somente para os educandos, mas também para os professores. Os educadores acumulam conhecimento de várias formas: pesquisas, busca de novas alternativas de ensino, encontros e congressos, conversas com outros professores de Geografia do próprio Estado ou de outros pontos do país.
É bom ressaltar que a Geografia crítica não ignora o conhecimento acerca dos aspectos da natureza (relevo, clima, vegetação etc.), muito explorados na Geografia tradicional, ela valoriza o conhecimento sobre a natureza, no entanto, analisa-o juntamente com os aspectos sociais. Portanto, no contexto escolar, a Geografia crítica vê o aluno como um ser social detentor da capacidade de construção ou reconstrução do conhecimento por meio da cidadania. O principal objetivo dessa vertente é o ensino voltado para a cidadania, formando alunos pensantes e críticos, atentos às coisas que acontecem no mundo. A partir daí, o aluno passa a refletir e debater, além de buscar o conhecimento para entender os problemas sociais e ambientais que ocorrem no espaço geográfico regional, nacional e internacional.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola