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Comumente, quando o professor trabalha os diferentes gêneros textuais, ele se prende à questão da estrutura e do conceito propriamente dito em relação aos mesmos.
Não seria mais interessante e mais proveitoso fazer com que os alunos estabelecessem certa familiaridade com o assunto abordado antes de partir para a denominação?
A todo o momento eles travam contato com um manual de instruções referente a um eletrodoméstico adquirido recentemente, uma receita culinária, um jornal de grande circulação na cidade onde moram, travam contato com amigos e familiares por meio do MSN, e outras circunstâncias mais.
- Uma ótima alternativa para o educador explorar os diferentes gêneros textuais é dividir a sala em grupos e sugerir que os alunos tragam jornais, e outros textos mencionados anteriormente, para a sala de aula. Desta forma, ele estará aliando teoria e prática ao mesmo tempo, pois tudo que foi sugerido faz parte do “universo” dos alunos.
Feito isso, solicitar que eles percebam a questão da estrutura textual, da linguagem e da intencionalidade discursiva, ou seja, para que finalidade o texto foi escrito. Na sequência, aí sim é o momento de aplicar a teoria.
- No que se refere ao gênero carta, por exemplo, seria interessante separar a sala formando uma quantidade média de grupos e determinar que os participantes escrevam duas modalidades de carta: Uma endereçada ao diretor (a) da escola sugerindo melhorias quanto ao espaço físico, implantação de atividades desportivas, elogiando atitudes benéficas promovidas por ele.
Outra carta seria destinada a um amigo (a) contando sobre as novidades, planejando um passeio nas férias, enfim, uma comunicação mais informal.
Em ambas há a possibilidade de enfatizar a questão da linguagem utilizada, bem como o grau de formalismo, começando a partir do próprio vocativo. Ou seja, o diretor é uma pessoa de grau hierárquico maior, por isso requer uma linguagem mais formal, e o amigo é alguém mais íntimo, desta forma, a linguagem pode ser informal.
Outra sugestão ainda é promover a interação entre os alunos de outras escolas através de cartas, pois isso dinamiza bastante o convívio social.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola