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Brincando dos Dez aos Doze Anos

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Brincadeiras trabalham o aspecto social e individual dos sujeitos
Brincadeiras trabalham o aspecto social e individual dos sujeitos

A partir de 1997, as crianças brasileiras passaram a contar com o apoio da Associação Brasileira pelo Direito de Brincar, a IPA Brasil, baseada nos princípios da Convenção dos Direitos da Criança, elaborado pela ONU (Organização das Nações Unidas).

As brincadeiras constituem a natureza infantil, levando a criança aos estágios de desenvolvimento de cada etapa da vida, do nascimento até a idade adulta.

Através do brincar são desenvolvidas atitudes de socialização, de respeito ao próximo, de convívio com regras e valores, de aceitação às perdas e ganhos, além das elaborações dos sentimentos psicológicos, negativos, como a raiva, a angústia, a ansiedade, dentre outros.

Crianças a partir dos dez anos de idade estão mais sobrecarregadas nos estudos, as mudanças para o ensino fundamental II são pesadas, com maior número de trabalhos e tarefas escolares.

Os pais estão certos ao exigirem o cumprimento dessas responsabilidades, porém, cobranças excessivas podem afastar o indivíduo do objeto de aprendizagem, fazendo com que os estudos tornem-se motivo de apatia e cansaço.

Nessa faixa etária o mundo virtual não deve mais ser tratado apenas como brincadeiras e conversas. Pelo contrário, a riqueza de softwares educativos nessa faixa etária é grande e o centro de interesse dos adolescentes volta-se para esse tipo de entretenimento.

Os pais devem valorizar as conversas com amigos, pois é uma forma de socialização do mundo contemporâneo, que exercita a criatividade de uma escrita informal e ágil, segundo pesquisadores vem avaliando. Porém, o tempo de contato com as relações da internet deve ser controlado a fim de não prejudicar as atividades escolares. Nas férias esse tempo deve ser alterado, a fim de deixar o adolescente mais livre, fazendo aquilo que lhe dá prazer, mas também com restrições de uso.

Outras atividades devem ser propostas, para que sejam trabalhados tanto os aspectos de formação individual como os de desenvolvimento coletivo, como as brincadeiras.

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Entre os dez e doze anos de idade, a criança já possui autonomia, consegue distinguir o que gosta do que não gosta e fazer suas escolhas.

As transformações corporais acentuadas, as mudanças nos hormônios, necessitam de atividades que apresentem maior desgaste físico, como os esportes. São ótimos elementos de integração social que surgem a partir das regras, respeito ao próximo, limites, agressividade, companheirismo, egoísmo, etc., onde identificam novas formas de contato com o outro.

Jogos de tabuleiro também são bem aceitos nessa faixa etária, pois, além do aspecto lúdico, proporcionam regras a serem seguidas e oportunidades para elaborarem problemas (conflitos), encontrando soluções para os mesmos. Nessa idade, não gostam das interferências dos adultos, preferem resolver as confusão sozinhos, através do diálogo e da integração dos companheiros.

Brincadeiras com bola, água, ou correr, saltar, esconder, equilibrar, são bem aceitas e estimulam as destrezas corporais, dando mais força para a musculatura, ajudando na queima de calorias, envolvendo aspectos lúdicos e regras de boa convivência. Além disso, podem manter melhor integração com a família, através do contato em atividades desportivas com pais, tios, primos e outros.

Realizar atividades sozinhos também é bom e faz parte da vida. Por mais que o contato social seja formidável para as relações humanas, aprender a conviver consigo mesmo também é. Ler revistas ou livros, fazer experiências científicas, solucionar jogos de passatempos, desenhar e pintar, cuidar de plantas, jogar vídeo games, jogos de montar como quebra-cabeças, assistir TV, escolher um filme, são formas de manter momentos agradáveis sem a presença de terceiros.

Além desses, passeios onde são apresentadas as atividades que envolvem o universo artístico como teatro, música, dança, cinema, museus, galerias de arte, dentre outros são uma ótima oportunidade para se trabalhar o aspecto cultural, criativo e imaginativo dos mesmos.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola