Segundo especialistas da arte do brincar, os jogos, brinquedos e brincadeiras podem ser classificados de acordo com as competências que os mesmos desenvolvem nos participantes.
Sabe-se que durante as brincadeiras, crianças, adolescentes e até mesmo os adultos, passam por sentimentos variados, que podem ou não causar-lhes sensações desagradáveis, necessárias de serem superadas.
O aspecto positivo disso é que, através dos mesmos, aprendem a lidar com sentimentos que não estão acostumados, como as pequenas frustrações, as perdas e as derrotas.
As crianças brincam dependendo do estágio de desenvolvimento em que se encontram, segundo observado por Jean Piaget, que aparecem na seguinte ordem, podendo variar a idade de criança para criança: sensório-motor, de zero a dois anos de idade; pré-operatório, de dois a sete anos; operatório concreto, dos sete aos onze anos e operatório formal, a partir dos doze anos.
No aspecto social, os brinquedos podem ser classificados como instrumentos que envolvem mais de dois participantes, onde os mesmos devem seguir determinadas regras e combinados preestabelecidos, para sua execução. Através desses, proporcionam o respeito ao próximo, a compreensão do outro, dos limites que devem ser respeitados, das negociações que podem ser feitas.
Alguns deles são: xadrez, dama, dominó e outros jogos de tabuleiro.
Os jogos de faz de conta são ótimos instrumentos para se desenvolver a imaginação e o potencial criativo das crianças, através da experiência com diferentes personagens e papéis que desempenham durante as brincadeiras. Esses momentos favorecem a compreensão da realidade. Faz de conta é brincar de médico, de casinha, de circo, de super-herói, príncipe e princesa, desenhar, etc.
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Existem alguns jogos considerados exploratórios, onde são explorados diferentes sons, formas, texturas, cores e outras sensações. Os mesmos servem de base para o desenvolvimento de outras tantas habilidades, como as artísticas. Para isso, os brinquedos devem ser: chocalhos e outros instrumentos musicais, caixas de empilhar, jogos de encaixar, dentre outros.
As habilidades específicas podem ser trabalhadas em brincadeiras com objetivos simples. Arremessar uma bola dentro de uma cesta, acertar uma pedra dentro de uma bacia pequena, construir castelo e cidade com toquinhos, montar quebra cabeça, etc, são formas de auxiliar o desenvolvimento dessas habilidades.
Os jogos classificam-se como ativos quando são utilizadas habilidades corporais como saltar, correr, chutar, engatinhar, rolar, subir, dentre outras. Através desses, as habilidades motoras vão se desenvolvendo, dando maior destreza corporal ao sujeito.
Além dessas, segundo o ICCP (Centro Nacional de informação sobre o Brinquedo), a partir de 1981, os brinquedos são classificados da seguinte forma: funcionais, experimentais, de estruturação e de relação.
Podem ser considerados funcionais à medida que se adaptam ao corpo da criança, tanto pela forma como pelo tamanho. Os experimentais são os que promovem diferentes possibilidades, ou seja, o que a criança pode fazer com os mesmos. Os de estruturação são aqueles que auxiliam no desenvolvimento do equilíbrio emocional dos pequenos, na estruturação de sua personalidade e nas suas relações afetivas. Já os de relação são os que auxiliam os relacionamentos entre a própria criança e o brinquedo, e desta com outras pessoas, sejam crianças ou adultos.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola