Há alguns anos não era comum que os pais colocassem seus filhos nas práticas esportivas, como temos visto hoje em dia. Pelo contrário, as crianças de hoje estão sobrecarregadas, com agendas lotadas diariamente, muitas delas praticando até mais de uma modalidade esportiva em um único dia.
Os pais acreditam que essa é uma forma de manter os filhos ocupados e estimulá-los a ficarem mais antenados ao mundo, mais dispostos e mais dinâmicos.
Porém, o grande desafio não é somente a prática esportiva, mas o ato de brincar, o aspecto lúdico da recreação, a fim de aprenderem a perceber as diferenças entre as pessoas, não dar importância para o vencedor ou o perdedor, mas pela felicidade em praticar a atividade.
Os esportes são essenciais para o sujeito se desenvolver em vários aspectos: na interação social, na atividade física, no estímulo do intelecto, na expressão da criatividade e na estabilidade emocional.
Na interação social o sujeito aprende a lidar com o outro, criando relação de amizade, participando das atividades em grupo com empenho, entendendo as regras e procurando segui-las. Seus amigos tornam-se pessoas importantes, a felicidade está associada à amizade e ao companheirismo.
Nas atividades físicas as crianças desenvolvem os aspectos motores como equilíbrio, lateralidade, harmonia dos movimentos, ritmo, além das destrezas corporais que se ampliam através dos movimentos de correr, saltar, balançar, rastejar, escalar, andar de um pé só, etc.
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Os estímulos do intelecto ficam por conta das relações de interação do grupo, podendo comparar, julgar, contabilizar, planejar, além de propor soluções, lançar ideias e fazer estimativas.
A criatividade surge com a intenção de encontrar as possíveis soluções para os problemas, onde o sujeito deve pensar nas melhores condições de vencer o jogo ou a brincadeira esportiva, de escapar dos adversários, de driblar os obstáculos.
O equilíbrio, ou estabilidade, emocional surge através das relações durante os jogos e brincadeiras, onde o participante tem que enfrentar pequenas frustrações, vencer obstáculos, lidar com as perdas, praticar a paciência e a humildade, lidar com a ansiedade de esperar sua vez, ser respeitoso com os outros, etc.
Vemos com isso que os esportes e as brincadeiras não podem ser taxados como simples passatempos, mas como os meios de interação social do indivíduo que o faz crescer, proporcionando-lhe estabilidade psíquica e harmônica com todos ao seu redor.
Além disso, são ótimas ferramentas para conservação de um estado físico saudável, levando maior tranquilidade e equilíbrio ao sujeito que as pratica.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola