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Diferenciando o mau leitor do indivíduo disléxico

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Maus leitores ou indivíduos disléxicos?

O desenvolvimento escolar de um aluno depende de vários fatores, sendo a leitura considerada um dos principais e que deve ser trabalhada constantemente no processo educacional.
Um dos primeiros desafios que o aluno enfrenta no processo de ensino e aprendizagem é o desenvolvimento da leitura. Ou seja, apresentar um bom desempenho na alfabetização é peça chave para a evolução de todo estudante.

Apesar dessa importância, os professores têm encontrado em suas turmas, muitas vezes já em níveis mais elevados, alunos com sérios problemas de leitura, bem como de interpretação do que se lê. Após tornar-se comum entre professores, problemas como esses questionamentos começaram a surgir.

Em virtude da ênfase que é dada a determinado distúrbio na sociedade como um todo, muitos profissionais pecam ao diagnosticar precocemente as pessoas.
Nesse caso em especial, muitas vezes professores por falta de conhecimento passaram a rotular maus leitores como disléxicos e vice-versa.

Partindo desse pressuposto, no intuito de auxiliar professores e até mesmo pais ou responsáveis pela formação de certo indivíduo, ressaltamos algumas questões importantes e que devem ser de conhecimento desses, com a finalidade de alertar e principalmente identificar até que ponto, por exemplo, o aluno apresenta-se como mau leitor ou indivíduo disléxico. Uma vez que essas são abordagens com significados totalmente diferentes:

É fundamental, na posição de profissionais de ensino, saber definir a dislexia como uma dificuldade na aprendizagem, mais precisamente na leitura, compreender que o indivíduo disléxico apresenta-se como um mau leitor potencialmente elevado, mesmo conseguindo realizar a leitura com lentidão e sofrimento. Porém, salienta-se que o indivíduo que exerce uma má leitura não deve ser imediatamente encarado como um mau leitor, é necessário observação para possivelmente diagnosticar a dislexia.

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Segundo o estudioso Vicente Martins, eis então um ponto importante colocado e que se trata de uma reflexão enriquecedora para educadores: “Assim, poderíamos dizer que todo disléxico é realmente um mau leitor, mas nem todo mau leitor é disléxico.”

Reflexões como essa impede muitas vezes que alunos sejam rotulados por distúrbios ou dificuldades de aprendizagem incoerentes com o problema real, levando o professor a ajudar esse aluno de acordo com a verdadeira necessidade, aplicando práticas e condutas pedagógicas que irão cada vez mais somar e auxiliá-lo de acordo com as reais necessidades presentes.

SAIBA MAIS!

Vale lembrar ainda a importância de pais e educadores estarem preocupados e atentos para encontrar indícios de dislexia em seus filhos e alunos que num primeiro momento apresentam-se normais, possibilitando diagnosticar precocemente desde os primeiros anos de educação infantil ( 4 a 5 anos), uma vez que o diagnóstico tardio, no ensino fundamental (8 a 9 anos) geralmente tende a desenvolver na criança perturbações emocionais e lingüísticas.

Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola