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A educação compensatória, termo originado durante a Revolução Industrial, usada em geral na pré-escola e nas séries iniciais do ensino fundamental, segundo Duarte, é definida como "Conjunto de medidas políticas e pedagógicas visando compensar as deficiências físicas, afetivas, intelectuais e escolares das crianças das classes cultural, social e economicamente marginalizadas, a fim de que elas se preparem para um trabalho e tenham oportunidade de ascensão social”.
A educação compensatória passou a ser motivo de preocupação na sociedade, em especial por estar presente em escolas e famílias. Alunos e filhos muitas vezes passam a receber presentes ou agrados para cumprir as tarefas escolares e do dia-a-dia que deveriam ser feitas sem esse tipo de conduta.
Geralmente os pais se comportam dessa forma achando este é o caminho mais fácil para que seus filhos realizarem suas atividades rotineiras, os professores que dão continuidade muitas vezes em nome da instituição e do sistema, acabam por incentivar o comportamento competitivo, ao conferir recompensas àqueles que alcançam as metas estabelecidas.
Eis então uma questão a ser refletida por pais e educadores: Até que ponto esse tipo de prática pode prejudicar na formação da criança?
O que deve ser notável é a situação de competição que irá surgir nos indivíduos em ambos os casos. Na escola será entre os alunos, e em casa, entre irmãos ou com os próprios pais, tornando os principais ambientes de convivência da criança extremamente competitivos, visto que a tendência é enxergar todos como adversários.
A escola em parceria com a família deve repensar essa questão, pois à partir do momento em que não se pode depositar a confiança em uma pessoa para realizar algo, sendo a recompensa a única maneira de levá-lo a executar, surge então o cultivo da formação de um indivíduo sem moral. É fundamental que o indivíduo saiba o que deve fazer, mas principalmente porque está fazendo.
Desenvolver a consciência de que aprendendo a cuidar de si próprio, por entender ser o mais sensato e certo, é o que levará o indivíduo a se tornar independente, bem como viver em um mundo mais integrado e livre de disputas podendo ensinar e conseqüentemente aprender algo em relação ao próximo.
Por Elen Campos Caiado
Graduada em fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola