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Preparação para um bom desempenho no Enem

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Na preparação para um bom desempenho no Enem, o educador integra um dos “atores” principais

A necessidade de os alunos estarem preparados para o Exame Nacional do Ensino Médio é um fato incontestável. Contudo, cumpre dizer que toda preparação demanda tempo, orientação. Nesse sentido, há que se ressaltar um importante fator: o educando não pode sentir que está sozinho nesse processo, uma vez que ele necessita de alguém que lhe dê um norte, que o conduza a seguir por caminhos não sinuosos, mas sim por uma trajetória definida, cuja linha de chegada representará tão somente o bom desempenho mediante o processo avaliativo pelo qual irá passar.

Eis então que o docente representa o fio condutor em meio a esse ínterim, arquitetando de forma precisa tanto o lado material (possibilitando a aquisição de conhecimentos), quanto o lado emocional, visto que o aluno, enquanto ser humano, representa um ser complexo. Dessa forma, tendo em vista este último aspecto, torna-se essencial que o professor permita que os alunos concebam o exame não como uma prova de resistência, mas sim como uma democrática oportunidade de acesso às vagas federais de ensino superior – objetivo esse norteador para a maioria dos candidatos.

Assim sendo, a confiança em si mesmos parece revelar a palavra de ordem nesse momento tão importante de suas vidas. Para tanto, eles precisam se sentir seguros e confiantes de que tudo ocorrerá como o esperado, visto que possuem potencial para atingir seus reais objetivos. Essa questão se encontra aliada a um fator de grande relevância – as prioridades. Em se tratando delas, significa convencê-los de que o melhor caminho é pautar-se pela obrigação em detrimento ao lazer? Certamente que não, o ideal é que se conscientizem da necessidade de saber dosar os dois lados da moeda, ou seja, nem pender somente para um lado, nem para o outro, o ideal é estabelecer o equilíbrio.

Conscientes de tal importância, outro passo importante é orientar os educandos para que mantenham a calma no dia do exame e para que não se desesperem diante do primeiro obstáculo. Quando se depararem com questões consideradas mais difíceis, não devem ficar nervosos, o passo é partir para aquelas com as quais estabelecem maior familiaridade.

Algumas dicas são também de grande valia, tais como:

* Assim que souber o local onde fará as provas, caso não tenha familiaridade com o local determinado, o ideal é visitá-lo um dia antes, pois imprevistos podem ocorrer;

* Para manter-se bem-disposto (a), determinadas posturas fazem a diferença, tais como dormir cedo, alimentar-se adequadamente, optando por alimentos mais leves, trajar vestimentas confortáveis, entre outros procedimentos. 

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No que se refere ao lado material, já citado, surge como elemento preponderante a necessidade de fazer com que os alunos entendam que um dos principais objetivos do Enem é desfazer a noção das famigeradas regras e decorebas, visto que o intento agora se volta para a solução de situações integradas ao cotidiano, fazendo uso de conceitos interdisciplinares, lógica e interpretação. Em se tratando das áreas do conhecimento voltadas para a Língua Portuguesa, Literatura e Redação, algumas medidas tidas como eficazes tornam-se viáveis. No sentido de expressá-las, tem-se que:

* Na prova de Língua Portuguesa, semelhantemente às demais, faz-se necessário compreender que a leitura de um texto, de uma questão, não significa somente o ato de decifrar símbolos. Tal procedimento vai muito além, ou seja, é preciso haver uma total interação com o texto lido e, sobretudo, saber extrair dele as informações necessárias à resolução de cada exercício. Nesse sentido, o hábito constante da leitura proporciona o desenvolvimento dessa habilidade.

* Em se tratando da Redação, torna-se conveniente bastante treino. Assim sendo, o professor pode sugerir produções semanais, dando enfoque ao texto dissertativo-argumentativo, sempre pontuando aqueles detalhes que se fizeram evidentes mediante a produção. Outro fator de notável expressividade é a importância da argumentação, do repertório, dada a necessidade do aprimoramento dessa competência. Assim, uma boa dica é estimular os educandos à leitura de textos que retratem esse aspecto, tais como os editoriais, entre outros gêneros. Não se esquecendo de que a informação representa a mola-mestra desse processo, adquirida por meio da leitura dos noticiários, bem como da leitura de bons livros.

* No que tange à prova de Literatura, tendo em vista uma de suas competências, retratadas por “Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político”, um louvável procedimento é permitir que o “público-alvo” se situe no momento da produção artística, refletindo acerca das correntes ideológicas inerentes a cada representante de um dado estilo de época. Para tanto, um trabalho interdisciplinar em conjunto com o professor de História tende a denotar bons resultados.

Em face desses pressupostos, o modo como o educador conduz sua prática pedagógica, sobretudo em se tratando da preparação de seus alunos para um relevante momento – o Enem – de sua trajetória enquanto aprendizes, tende a refletir na manifestação de um bom desempenho por parte deles.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola