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Não há o que esconder. Hoje em dia é de grande importância que os pais e educadores mantenham diálogo aberto com os filhos e alunos, mostrando os caminhos perigosos da vida, principalmente do mundo virtual.
A visão de educação era de poupar determinadas informações para as crianças, para que as mesmas não perdessem a pureza.
A verdade é que crianças e adolescentes bem informados se tornam mais conectados com os problemas sociais, principalmente no que diz respeito a assuntos como violência e sexualidade, tão comuns nos meios virtuais.
De que adianta poupar os filhos de conversas sobre sexo, se ao abrir uma página de internet a criança poderá acessar imagens ou vídeos pornográficos (mesmo sem saber ou querer), ou então encontrar uma pessoa que fale abertamente sobre o assunto?
É bom lembrar que a sexualidade gera curiosidade e interesse.
Pais e professores devem conversar claramente sobre o ciclo natural da vida humana, levando o diálogo para os princípios que se acredita, como da religiosidade ou da própria reprodução do homem.
É muito fácil que na internet as crianças e adolescentes encontrem interessados em colher informações de suas vidas. Com isso, podem planejar sequestros, raptos, crimes sexuais, etc.
Não adianta fugir dessa realidade, o melhor caminho é a informação clara e precisa, que leve os pequenos a perceberem quais as consequências de suas ações e descobrir o que vale ou não a pena, dentro do mundo virtual.
Numa história muito interessante, um rapaz conhece uma adolescente numa sala de bate-papo, questionando-a sobre sua vida. Na pureza da idade, a menina passa informações sem perceber, como o time de vôlei que treinava (“gosto de esportes, faço vôlei em tal lugar”), os horários dos treinos (“preciso sair, minha aula de vôlei é daqui a meia hora”), a escola em que estuda (“amanhã vamos visitar o museu tal”), dentre várias outras informações. Um dia, a menina está no treino e percebe que um homem a observa, simpático, sorrindo, como se fosse íntimo. Ao terminar os treinos ele a chama pelo nome e ela vai em sua direção. Ele diz que seu pai pediu para buscá-la, pois está numa reunião de negócios. A menina sai para apanhar seus materiais, disposta a seguir. Quando retorna, o homem se identifica, dizendo que era o tal amigo virtual. Na verdade, explica que é policial e fez aquilo para mostrar o quanto as conversas na internet expõem nossas vidas. Quando o pai da menina chega, conta o que havia acontecido mostrando a importância em orientar os filhos sobre sites que podem ou não entrar, mas principalmente sobre os perigos em conversar com estranhos.
Inúmeros casos comprovam a presença de pedófilos e assassinos percorrendo livremente as salas de internet. O Brasil já carrega o título de possuidor de 75% dos pedófilos de todo o mundo, tendo cerca de mil novos sites sobre o assunto criados por mês. Um absurdo!
O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh levantou a bandeira contra a pedofilia, encaminhando à Embaixada Americana, em Brasília, solicitação de subsídio junto a Google, a fim de que a mesma aja contra esses crimes.
Aos pais, é importante rastrear sim os sites que os filhos acessam, mas também falar abertamente sobre os casos que têm acontecido pelo mundo, mostrando que essa exposição desnecessária da vida pode causar riscos e trazer grandes problemas.
Deve-se mostrar que o perigo é real e não virtual, pois de posse das informações da vida da pessoa, o criminoso pode chegar até nossas casas, escolas, locais de trabalho, e se estiverem armados poderão render-nos e levar-nos com eles.
Campanhas promovem a segurança de crianças e adolescentes na internet, inclusive lançando Cartilha Educativa sobre o assunto, de nome “Navegar com Segurança: protegendo seus filhos da pedofilia e da pornografia infanto-juvenil na internet”.
Acesse, participe e ajude! Esse é o nosso papel enquanto cidadãos.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola