PUBLICIDADE
Muitas vezes o professor fica sem saber como trabalhar com a diversidade, pois essas questões não são discutidas durante a sua formação. Para trabalhar as diferenças o professor deve usar métodos organizados com base na realidade da classe. O educador não pode priorizar uma só cultura, uma só linguagem. O aluno deve ser visto como um sujeito com aptidões e dificuldades diferenciadas. Na educação escolar devemos procurar conciliar as diferenças individuais, respeitando as diversidades culturais, sociais e individuais. Para isso não devemos nos preocupar com dificuldades de aprendizagem, mas sim com necessidades especiais de ensino.
O professor de escola rural trabalha as necessidades especiais de ensino e a inclusão há muito tempo. A escola rural é inclusiva, pois todos os alunos da comunidade a freqüentam, inclusive os que têm alguma deficiência. De acordo com a UNESCO os setores mais inclusivos são os rurais e os locais da periferia ou de menor condição econômico-social. Devemos ter em mente que a inclusão é uma ação da escola regular, é um método progressivo, lento, que é complexo, que tem que ser estabelecido aos poucos.
A diversidade não é uma dificuldade e traz um desafio enriquecedor ao processo de ensino-aprendizagem, que fica mais responsável e compromissado. Quando falamos em trabalhar as diferenças, estamos nos referindo à educação inclusiva, que não é um projeto isolado de alguns professores, mas é um projeto educativo de toda a escola. Esse projeto articulado e coletivo deve ter como referencia central de tomada de decisões a diversidade e as diferenças individuais.
A escola é composta de diferentes olhares culturais e os seus currículos devem ser abertos e flexíveis para atender as peculiaridades sociais e culturais de seus alunos. O apoio recíproco entre educadores é uma tática primordial para se dar resposta à desigualdade, só assim teremos uma escola colaboracionista em seu coletivo. Pois como disse Antonio Machado “o caminho se faz ao andar”. Quando o percurso é feito e percorrido junto, é muito mais fácil e agradável o caminhar.
Para modificar algo no cotidiano escolar , é preciso que comecemos pelo desafio que nós próprios venhamos nos propor a enfrentar. A inclusão e a participação são alternativas que nos obrigam a olhar a diversidade e trabalhar com ela e não contra ela. O professor deve ser um educador e um profissional-cidadão, que seja capaz de exercer seu profissionalismo através da consciência crítica sobre o saber que se socializa na escola. Todos precisamos estar sempre atualizados para podermos acompanhar o desenvolvimento da sociedade, as mudanças de modelos, as transformações e diferenças culturais, sociais e pessoais. As pessoas precisam ser aperfeiçoadas e estimuladas para assumir suas potencialidades e suas limitações, para enaltecê-las ou superá-las, buscando um equilíbrio. A educação é para toda a vida.
O Centro de Apoio Pedagógico Especializado (CAPE) funciona num edifício totalmente adaptado com piso tátil cromo diferenciado, rampas, elevadores e corrimãos. Foi arquitetado para ser um centro dinamizador e irradiador das ações às escolas do ensino regular do Estado de São Paulo. Possui como finalidade oferecer a professores recursos que possibilitem desenvolver currículo escolar, através de encontros, oficinas e cursos. O objetivo é o fortalecimento das escolas, permitindo garantir o acesso à educação das crianças e jovens com necessidades educacionais especiais.
Referencial : Projeto Escola Viva
Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos