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A Qualidade na organização aprendente

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A escola como organização aprendente, constitui um ambiente, um momento e uma totalidade de ocasiões de aprendizagens e aperfeiçoamentos. A escola como organização reflexiva se sustenta na missão primordialmente social, tendo como pano de fundo os atores sociais, que se interagem.

A construção experênciada e vivenciada da aprendizagem é um processo contínuo em constante reformulação dos conceitos, entendida como uma nova visão do mundo e de um novo paradigma cultural. A escola que se pensa e que se avalia como organização aprendente, dentro do seu projeto educativo, é uma instituição que se caracteriza como emancipatória e se estabelece como um local onde se vivencia a cidadania dos que ali trabalham e dos que ali estudam, contextualizando com a vida real. Essa instituição escolar tem que viver a cidadania, aceitando as diversidades, agindo com responsabilidade, usando o argumento da palavra em diálogos esclarecedores para a tomada de decisões, tendo consciência do seu profissionalismo, com comprometimento social.

A Escola reflexiva, tem que se perceber como uma organização que aprende e se amplia pela interação mútua e continuada entre seus membros, só assim se sistematizará como um ambiente dinâmico, flexível e aberto.

Nessa comunidade educativa reflexiva, com rosto especial, procura-se através das interações a qualidade e a excelência, onde as pessoas são capazes de dar respostas rápidas, eficazes, criativas, respondendo de maneira eficiente aos desafios do novo tempo.

Em nível planetário, essa comunidade educativa reflexiva tem que ter a iniciativa de passar rapidamente à ação como apelo imperioso social e comunitário. Na sociedade planetária , nós nos reconhecemos como cidadãos do mundo, mas que se impõe como racionalização através da tecnologia. O conhecimento deve ser visto na perspectiva de uma aventura, para a qual a educação deve fornecer apoio indispensável. A contextualização é a condição essencial da eficácia da aprendizagem.

Educação, no sentido abrangente, é o procedimento real do cultivo histórico da essência humana. Por esse olhar todas as analogias constituídas da pessoa com o mundo, com os outros e consigo mesma são partes da ação educativa. Educação, no sentido exato, é um procedimento social que tem a finalidade de contribuir, direta e intencionalmente, no procedimento de constituição histórica das pessoas. As pessoas se concebem como sujeitos históricos no encontro com outras pessoas. O convívio com o outro é um imprescindível processo de construção de si. As escolas existem para atuar no mundo, na comunidade e na história. As tecnologias criaram novos espaços do conhecimento. A sociedade do conhecimento é uma coletividade de inúmeras ocasiões de aprendizagem.

O professor em uma escola como organização aprendente, passou a ser um aprendiz em formação continuada, um construtor de conhecimentos, um colaborador, e, sobretudo, um parceiro na organização da aprendizagem. A família e a escola estão perdendo a competência para transmitir eficientemente valores e preceitos culturais e sociais. O papel de socialização primária da família se perdeu, por causa de transformações que incidem no próprio cerne familiar. Novas questões sociais advindas da má formação da socialização primária levaram a escola a assumir novas peculiaridades , novos papéis, novos olhares e novos enfoques.

Porisso o professor deve refletir sua prática docente, sob a ênfase da metodologia científica de pesquisa, adequando esta prática e compartilhando os resultados obtidos das ações desencadeadas. Há neste novo momento uma reivindicação real de transformação na identidade profissional e nas configurações de tarefas dos docentes.
Esta nova sociedade que se apresenta, nos obriga a repensar . Esta é a "sociedade do conhecimento" com um feitio social que suplanta as atuais.A condição é de que este conhecimento é um bem disponível para todos de maneira que garanta igualdade de oportunidades e também os recursos para conseguí-lo.

De acordo com Isabel Alarcão : “O professor reflexivo é aquele que pensa no que faz, que é comprometido com a profissão e se sente autônomo, capaz de tomar decisões e ter opiniões. Quando o professor faz isso corretamente, o aluno aprende a gerir seu estudo. Dificilmente ele será alguém que só decora, porque o mestre incute nele estratégias de interrogação e busca formá-lo como um indivíduo autônomo”.
Referencias:Furllan, M. H.; Morin, Edgar.

Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos

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