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Removendo Pedras e Plantando Flores

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Começo o meu artigo, homenageando a nós mulheres, através de Cora Coralina.

"Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha
da vida removendo pedras e plantando flores "


Cora Coralina, ( Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretãs, foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Juca Pato, em 1983) começou a escrever aos 14 anos pequenos poemas, mas apenas em 1965, aos 76 anos, seus trabalhos começaram a ser conhecidos fora dos limites de Goiás Velho, quando da publicação de Poemas dos becos de Goiás e estórias mais.

Foram necessários quatro séculos de luta para que as mulheres tivessem seus espaços expandidos. Hoje elas se inserem em todos sos setores da vida produtiva. Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque, caminhando com o slogan ”Pão e Rosas”, em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida. A revolucionária alemã Clara Zetkin propôs o 8 de Março como o “Dia Internacional da Mulher”.

A partir de 1922, o Dia Internacional da Mulher é celebrado oficialmente no dia 8 de março. A primeira legislação sobre a educação das mulheres surgiu em 1827. S ó em 1827 as meninas foram acolhidas nas escolas e chegaram a cursar o 1° grau. Criaram-se poucas escolas públicas para alunas; as primeiras escolas normais surgiram em Niterói em 1835, na Bahia em 1836, no Ceará em 1845, em São Paulo, em 1846 e no Rio de Janeiro em 1880.

Do Brasil colônia e república alguns nomes de brasileiras, que se evidenciaram podem ser citados, como: Dona Beja, Chica da Silva, Maria Quitéria, Nísia Floresta e Chiquinha Gonzaga. O direito de voto feminino foi incorporado à Constituição brasileira de 1934, com a ajuda de Carlota de Queiroz, a primeira constituinte brasileira.

Em 1966, o Congresso Nacional incluiu o sistema de cotas na Legislação Eleitoral, obrigando os partidos políticos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres em suas chapas proporcionais (Lei nº 9.100/95 - § 3º, art. 11).

A presença das mulheres no cultivo social, no ambiente público e na política, quebrou preconceitos e causou intensas transformações nas relações sociais e profissionais. Temos alguns nomes de mulheres, que quebrando convencionalismos, ocuparam lugares na esfera social de maneira proeminente, como é o caso de Cecília Meirelles, que escreveu o primeiro verso aos 9 anos. Aos 18, professora formada, escreveu o primeiro livro, Espectros, e foi discriminada por não aceitar as novidades do modernismo. Ela se consagrou à educação, estudou o folclore, fundou bibliotecas, fez conferências e viagens. Também podemos citar Anita Leocádia, filha de Olga Benario e de Luís Carlos Prestes, que com 63 anos, é professora de História na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O fato de ser mulher sempre fez e fará diferença no mundo em que vivemos. A mulher tem um papel amplo na sociedade moderna. Ainda a vejo como um referencial para a família e para a sociedade. Somos mãe, mulher, amiga, companheira, trabalhadora e assumimos muitos outros papéis. Talvez, por isto, somos referenciais. Somos especiais. Especiais no olhar, no ser, no viver e no encantar.

Hoje, já conseguimos grandes conquistas em nossa emancipação. Trilhamos caminhos abertos por outras mulheres e vivemos em uma sociedade composta de muitas amigas famosas e também de muitos homens notáveis.

Autora: Amelia Hamze
Educadora
Profª UNIFEB/CETEC e FISO - Barretos

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