A adolescência é uma fase muito difícil do desenvolvimento, pois desencadeia mudanças no corpo e alterações no comportamento que nem sempre são fáceis de lidar. Normalmente, é nessa fase que se iniciam os desejos sexuais e as curiosidades típicas em relação ao sexo. Diante desse quadro de descobertas, é fundamental que o professor esteja preparado para abordar a educação sexual de maneira responsável e sem tabus.
Vários temas deverão ser abordados quando o assunto é educação sexual, sendo um deles as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Apesar da grande quantidade de informação a respeito do assunto, muitos alunos não conhecem as formas de transmissão e acabam, infelizmente, expondo -se a situações de risco.
Abordar doenças sexualmente transmissíveis nem sempre é fácil, mas algumas dicas podem ajudar a obter melhores resultados ao explicar o conteúdo em sala. Um dos pontos principais ao trabalhar DSTs é ser enfático ao citar cada modo de transmissão. É importante destacar pontos como:
- DST não é transmitida unicamente por relação sexual desprotegida;
- O sexo desprotegido, seja ele oral, seja vaginal ou anal, pode transmitir DST;
- Uma DST, na sua forma assintomática, pode ser transmitida em relações desprotegidas;
- O grande número de parceiros sexuais aumenta a probabilidade de adquirir uma DST;
- Pílulas anticoncepcionais não protegem contra DST;
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- Salões de beleza e estúdios de tatuagem devem utilizar produtos descartáveis e/ou esterilizados para evitar a contaminação de pessoas;
- O uso de drogas lícitas e ilícitas pode aumentar a chances de contrair uma DST, pois podem levar a comportamentos de risco. Em casos de drogas injetáveis, o compartilhamento de agulhas pode desencadear a transmissão de doenças.
Além da transmissão, fotos que ilustram os sintomas podem ser levadas para a sala de aula. A ilustração dos sintomas é importante para alertar os alunos a respeito das doenças e também para que eles possam reconhecer algumas características e, em caso de contaminação, procurar um médico.
Após demonstrar os sintomas e as formas de transmissão, é fundamental que sejam ensinadas as formas de prevenção, dando destaque ao uso de camisinha em toda e qualquer tipo de relação sexual. Fazer o aluno compreender que a camisinha é o método mais eficiente para prevenir-se das DST é fundamental para diminuir essas doenças entre o público jovem.
A educação sexual pode ser encarada como um tabu por muitos professores, mas o ensino desse conteúdo é essencial para a promoção da saúde de nossa população. Informação de qualidade e passada de maneira responsável pode evitar diversos comportamentos de risco e, consequentemente, salvar vidas.
Por Ma. Vanessa dos Santos