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Facebook na sala de aula

Diariamente os professores precisam disputar com as tecnologias a atenção dos alunos. A estratégia de ensino “Facebook na sala de aula” busca aproximar esses dois universos.
Pessoa segurando o celular aberto no facebook
O Facebook na sala de aula é uma estratégia de aproximação entre a educação e a tecnologia.
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A escola vem enfrentando um problema que de epidêmico tornou-se endêmico: as várias tecnologias que os alunos levam e usam na escola. Não é novidade que, durante as aulas, os estudantes atualizam seus perfis, curtem fotos de amigos, comentam publicações, assistem a vídeos, e tudo isso enquanto o professor explica o assunto.

A proibição feita por algumas instituições, em muitos momentos, causa situações conflituosas em sala de aula, o que termina por desgastar professores e alunos. O que fazer então? Se proibir não é a solução, liberar também não é. Portanto, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio para resolver essa questão.

Um ditado muito conhecido que diz “Se não pode vencê-los, ajunte-se a eles” pode ser perfeitamente aplicado para resolver esse impasse. Se não é possível proibir, vamos permitir a utilização, mas não de forma leviana. O ideal é vincular o uso da tecnologia à educação, e uma estratégia interessante é o uso do Facebook.

Acompanhe algumas sugestões que podem fazer com que o Facebook torne-se um forte aliado dos professores de Língua Portuguesa.

Cada sala pode ter o seu próprio Facebook e, divididos em grupos, os alunos devem ficar responsáveis pelas postagens. Os temas são escolhidos pelos professores e vão desde questões gramaticais a produções textuais. Todos os trabalhos serão apresentados na internet. Como os discentes têm consciência da exposição gerada pelo Facebook, certamente serão mais cuidadosos no momento dos posts, o que implicará mais pesquisas e cuidados com a questão ortográfica.

Os filmes despertam muito interesse nos alunos e se suas exibições forem aliadas ao Facebook, isso trará um retorno de aprendizagem positivo. Por exemplo, escolha um filme que seja interessante para a idade da turma, passe-o para a sala e depois o explore no Facebook. Essa exploração pode ser feita através das produções de resenhas, que devem ser lidas e comentadas pelos colegas, ou simplesmente através de comentários a respeito do filme. É interessante que seja revisada a estrutura do parágrafo argumentativo para que os comentários sejam embasados e não se limitem a expressões como “Adorei”, “Odiei”, “Gostei mais ou menos” etc., que são, infelizmente, tão típicas. É importante trabalhar com a argumentação, enfatizando que todos os posicionamentos precisam ser justificados.

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Os gêneros textuais também podem ser trabalhados aliados ao Facebook. Por exemplo, após a explicação sobre o gênero biografia, solicite que pesquisem e que produzam biografias de diferentes escritores para postarem no Facebook. Assim, o conhecimento será ampliado, pois todas as biografias serão lidas por todos da sala.

Além disso, é possível promover concursos de paródias, de poemas, contos, crônicas, enfim, é possível explorar os mais diferentes gêneros textuais.

As possibilidades são variadas e podem ajudar muito na aprendizagem dos alunos. Os desafios são grandes, mas não são intransponíveis. O importante é ousar e não desistir. O primeiro passo é muito importante e aprender com os erros também. Aquilo que não deu muito certo na primeira tentativa sairá melhor na próxima, até que o sucesso seja total.

Crédito de imagem

[1] Jirapong Manustrong / Shutterstock


Por Mayra Pavan
Graduada em Letras