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Renovação da Geografia Escolar

A Renovação da Geografia foi importante por transformar a ciência descritiva e quantitativa em um sistema dinâmico e crítico de conhecimento.
A renovação do ensino de Geografia reflete diretamente nas práticas em sala de aula
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O Ensino de Geografia, desde os anos 1980, vem passando por profundas alterações, deflagrando a emergência de uma renovação em suas bases. Onde antes predominava o quantitativismo e o excesso de informações que o aluno deveria decorar sobre os países, as regiões e os continentes, agora é um domínio de conhecimento mais dinâmico e, principalmente, crítico.

Por esse motivo, o professor de Geografia deve estar sempre atento a fim de evitar a reprodução dos vícios e excessos cometidos em tempos anteriores, desfazendo-se de alguns mitos e estereótipos que existem com relação à ciência geográfica, bem como evitando o ensino linear baseado na exposição simples de dados e tabelas.

É comum observar fora do ambiente escolar a velha concepção sobre a Geografia “chata” e descritiva. Rotineiramente ela é colocada como a “ciência que estuda a Terra” ou está relacionada simplesmente ao estudo dos mapas. Por esse motivo, o professor deve sempre procurar esclarecer o verdadeiro papel dessa ciência, qual seja: o estudo do espaço geográfico, isto é, aquele espaço produzido pelo homem ou que seja de interesse dele.

A Globalização também é um elemento de extrema importância e que exerce influência direta sobre a Geografia em sala de aula. Primeiramente isso acontece porque a Revolução-Técnico-Científica vem corroborando para o aumento da importância do estudo sobre os diversos lugares do mundo, uma vez que a integração mundial exige que as pessoas conheçam cada vez mais sobre o mundo onde vivem.

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Além disso, essa facilidade na integração dos conhecimentos sobre os mais diversos lugares evidencia o quanto o mundo forma uma cadeia interligada de práticas e acontecimentos. Um fenômeno climático, por exemplo, que ocorre no hemisfério norte em sua porção oriental, pode ter direta influência sobre as condições naturais da América do Sul. Essa lógica, que antes era relacionada ao comportamento da natureza, também se manifesta no plano econômico, social e político, haja vista que integramos cada vez mais uma rede econômica e diplomática que encurta as distâncias e minimiza os isolamentos.

Com base nesses pressupostos, é preciso construir uma Geografia Escolar cada vez mais atual e dinâmica, isto é, que leve em consideração os processos de transformações espaciais em nível global e regional, considerando suas características e seus efeitos, bem como o contexto ao qual essas ocorrências estão relacionadas. Além do mais, é preciso fazer emergir, cada vez mais, o posicionamento crítico dos estudantes a partir das aulas e debates realizados no ambiente educacional.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia