O Dia do Folclore é celebrado neste 22 de agosto. A data é uma forma de valorizar e homenagear figuras folclóricas e manifestações populares brasileiras. O termo "folklore" (inglês) foi criado neste mesmo dia em 1846 por William John Thoms e se refere a fenômenos culturais tradicionais e populares de cada lugar.
Essa é uma oportunidade para as escolas realizarem atividades, projetos e ações que visam o resgate das tradições culturais brasileiras, fortalecendo narrativas e símbolos das identidades que formam o país.
O Brasil Escola conversou com educadores que compartilham como o folclore pode ser trabalhado em sala de aula. Leia a seguir.
A intenção em incluir folclore nas atividades da educação infantil é garantir que o tema seja apresentado de forma leve e lúdica para desenvolver a imaginação e aproximar as crianças das culturas regionais.
Entre os exemplos de atividades, estão:
✔ Trabalho com as vogais em nomes de personagens como Iara e Curupira;
✔ Atividade de encontrar pistas misteriosas como pegadas de lobisomem ou do Saci;
✔ Confecção de xilogravuras
✔Criação de rimas de cordel
"Toda vivência concreta e lúdica traz mais significado para as crianças. Quando elas não apenas ouvem, mas experimentam, sentem e interagem com a cultura, o aprendizado deixa de ser abstrato e se transforma em memória afetiva. É assim que o folclore deixa de ser apenas conteúdo e passa a fazer parte da identidade delas"
Para o primeiro ciclo do ensino fundamental, a contação de histórias em grupo é um exemplo de atividade que pode abordar o folclore como temática.
Dessa forma, os alunos realizam pesquisas para levantar informações e narrativas sobre as lendas locais. A apresentação desse estudo pode ser feito de forma diversificada, como com o uso de fantoches confeccionados pelos próprios estudantes.
Segundo Beatriz, ao explorar as várias versões de determinada lenda, os alunos têm acesso a valores e a identidade da comunidade onde nasceu. "Essa percepção amplia o respeito à diversidade e revela que as tradições são vivas, adaptando-se às necessidades e características de cada região".
Confira atividades de folclore para o ensino fundamental:
✔ Peças de teatro em que as personagens são figuras folclóricas;
✔ Jogos e brincadeiras típicas
✔ Brinquedos tradicionais como o bilboquê que podem ser produzidos pelos próprios estudantes;
✔ Canção de melodias da memória popular.
É necessário desmistificar o folclore como algo exótico ou de menor valor e passar a valorizá-lo como patrimônio coletivo, acredita a coordenadora pedagógica Eloísa Monteiro. "Reconhecer o folclore como expressão legítima da cultura brasileira fortalece o sentimento de pertencimento e combate preconceitos que relegam nossas raízes ao status de curiosidade", afirma.
Em relação aos estudantes de 11 a 14 anos, entre as propostas estão:
✔ Oficina de dança e música folclórica, enfatizando o aprendizado de manifestações como jongo, bumba meu boi e catira, por exemplo;
✔ Pesquisas sobre origens das manifestações;
✔ Elaboração de mapa folclórico com fotos, desenhos e descrições da diversidade folclórica de cada região brasileira.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Folclore no ensino médio
O trabalho escolar sobre folclore pode ser aprofundado e complexificado ao realizá-lo com estudantes do ensino médio. Nesse sentido, é possível fomentar debates sobre preservação cultural e a função das políticas públicas na valorização do folclore brasileiro.
Veja propostas para o Dia do Folclore no ensino médio:
✔ Visitas a museus, centros culturais e comunidades tradicionais podem ser realizadas com essa faixa etária.
✔ Análise de obras literárias, musicais e cinematográficas que retratam o folclore brasileiro;
✔ Entrevistas com figuras e mestres da cultura popular.
Além disso, os alunos podem "investigar como o Legislativo atua na proteção do patrimônio imaterial e propor recomendações de políticas ou projetos de lei direcionados ao fortalecimento da cultura popular", sugere a coordenadora pedagógica Renata de Lima.
"Mais do que conhecer as lendas, é preciso fomentar nos jovens a missão de se tornarem cidadãos ativos na preservação e difusão das tradições brasileiras”, completa Renata.
Especialistas entrevistadas. Da esquerda para direita: Renata de Lima e Eloísa Monteiro (Escola Bilíngue Aubrick) e Beatriz Martins (Brazilian International School - BIS).
Crédito: Divulgação.
