Por Taís Bento e Roberta Bento
SOS Educação é a coluna do Educador feita por Roberta e Taís Bento que trará dicas para pais e educadores a fim de contribuir com a formação de crianças e adolescentes.

Gestor, professor e pais são os adultos responsáveis pelo que nossas crianças e adolescentes levarão desse momento desafiador que estamos vivendo!

A pandemia ocasionou diversas mudanças na rotina de todo mundo, porém é importante que os adultos responsáveis saibam lidar com essa situação de forma racional.
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O diretor da escola e a professora do seu filho não são prestadores de serviço. E os pais não são os clientes da escola. Gestor, professor e pais são os adultos responsáveis pelo que nossas crianças e adolescentes levarão desse momento desafiador que estamos vivendo! Não é hora de contar e nem de cobrar cumprimento de dias letivos. As respostas não existem. Todos estão certos, dependendo da perspectiva que olharmos. E independentemente do olhar, estamos também todos perdidos, mas tentando fazer o melhor para todos.

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Como agir com responsabilidade e calma nesse momento?

Nesse furacão todo, a última coisa a se fazer é tomar decisões e achar que são definitivas. Ou tentar seguir adiante com qualquer aspecto da vida, desconsiderando o cenário atual. Não sabemos ainda como vamos dar conta dos dias letivos perdidos. Simplesmente porque não temos ideia de qual é esse número.

O momento não é de cobranças excessivas, todo mundo está tentando se adequar como é possível neste contexto desafiador.
O momento não é de cobranças excessivas, todo mundo está tentando se adequar como é possível neste contexto desafiador.

Vamos respirar fundo e pensar que nossas crianças e adolescentes estão dançando no ritmo que tocamos, quando o momento é ainda para decidir que música cabe neste cenário. Se os músicos ainda não se entenderam, não tem como exigir que a dança tenha sincronia.

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Vamos pegar mais leve em relação a novos conteúdos. Vamos conversar sobre o enorme receio de não conseguir pagar os próximos meses da escola. Vamos lembrar que a escola não tem uma estrutura que pode ser desmontada porque os alunos não estão lá agora. Vamos considerar que colocar em uma tela a aula que seria dada no formato presencial não a transforma em EAD. E que se a escola do seu filho não mandava conteúdo em formato digital antes, isso não a torna nem melhor, nem pior que a escola do seu vizinho, seu sobrinho ou do post que você viu.

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Mantenha a relação de confiança com a equipe de coordenação e professores. E dê o tempo para que eles pensem e possam se adaptar aos desafios que estamos todos enfrentando. Enquanto isso, converse com o gestor, enxergando nele um outro ser humano que está passando pelas mesmas inseguranças e sufocos que você. Se vocês se colocarem como lados opostos, os alunos serão os grandes prejudicados, mas as consequências se voltarão contra cada um de nós, os adultos responsáveis.

 

Por Taís e Roberta Bento

SOBRE O AUTOR

Taís e Roberta Bento são fundadoras do SOS Educação (site de educação do portal Estadão), palestrantes e responsáveis pela coluna Escola da revista Pais&Filhos. Também são membros do Conselho Acadêmico de Educação da Universidade Simon Fraser (Canadá) e autoras do livro “Socorro, meu filho não estuda!”.

Roberta Bento

Graduada em Letras, Roberta possui especialização em formação de professores de Línguas (International House, na Inglaterra) e pós-graduação em Marketing e em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Também é especializada em Aprendizagem Baseada no Funcionamento do Cérebro, pela Universidade da Califórnia e Universidade Duke, e em Aprendizagem Cooperativa, pela Universidade de Minnesota e Universidade de San Diego.

Taís Bento

É graduada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduada em Marketing pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Também possui especialização em Aprendizagem Baseada no Funcionamento do Cérebro e Aprendizagem Cooperativa, pela Universidade de Minnesota e pela Universidade de San Diego.