A física é o ramo da ciência que investiga os fenômenos naturais. O conhecimento nessa área tem possibilitado à humanidade entender diversos processos da natureza, o que proporcionou a criação de dispositivos e, consequentemente, o enorme avanço tecnológico que vivenciamos.
Frente a esses acontecimentos, torna-se necessária uma nova postura do professor no ensino de física. O aluno é o centro do processo de ensino e hoje requer um tratamento diferenciado. Primeiramente, é preciso considerar como ele vive, sua realidade e as suas necessidades. A evolução tecnológica que vem ocorrendo atualmente também deve ser considerada. Com celulares de última geração em mão, é interessante abordar o funcionamento desses dispositivos, por exemplo, para ir além dos rotineiros conceitos de física clássica que vêm sendo ensinados há décadas.
A metodologia de ensino de física deve ser adaptada à nova dinâmica social. Pode-se citar com exemplo o fato de que os desenhos animados, populares antigamente, perderam espaço para os videogames e computadores que oferecem a possibilidade de interação. Isso nos aponta para o fato de que os jovens querem interagir e participar de todas as etapas do processo de ensino-aprendizagem, expondo suas concepções prévias e desenvolvendo o conteúdo com o professor, e não apenas ouvindo e copiando.
A avaliação deve ser feita em um processo contínuo e deve ser formadora. Portanto, ela precisa ocorrer durante todo o processo de ensino, considerando o conhecimento prévio do estudante e valorizando a evolução do aluno durante as aulas a partir de atividades que ele realiza diariamente, e não apenas com uma prova final. A partir da avaliação, o professor encontra o “ponto fraco” do aluno para poder atuar sobre ele. Lembrando que a avaliação não é um instrumento para avaliar apenas alunos, ela também avalia o trabalho que o professor exerceu.
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Algumas sugestões
Adotar novas estratégias de ensino de física que combinem interatividade, pesquisa e interdisciplinaridade torna-se cada dia mais necessário nesse contexto, em que os jovens não querem mais ficar apenas sentados ouvindo e assimilando o que o professor fala e faz.
O professor de física pode trabalhar a interatividade propondo a construção de experimentos de baixo custo para os alunos, que são atividades que fazem com que os alunos trabalhem, pesquisem, além de inserir o método científico. Algumas sugestões são:
Outra forma é a partir da utilização de softwares simuladores, em que os alunos podem manipular os dados e variáveis de uma situação-problema para analisar os diferentes fenômenos físicos. Esses softwares podem ser adquiridos em lojas virtuais ou livrarias, mas também são encontrados em alguns sites especializados na internet. Algumas sugestões também podem ser acessadas no texto: A evolução computacional e o ensino de física.
A interdisciplinaridade no ensino de física pode ter como ponto de partida a produção e o consumo de energia. A física engloba vários aspectos e teorias sobre a energia, e não pode ficar reduzida às fórmulas, deve ser incorporada aos problemas energéticos que vêm ocorrendo atualmente. Uma sugestão para trabalhar esse conteúdo é partir das formas de transformação de energia (mecânica em elétrica, por exemplo) para, em seguida, introduzir conceitos de geografia, como as fontes energéticas. Depois discuta com a turma sobre fontes renováveis de energia e o que eles podem fazer para ajudar na conservação do meio ambiente.
Por Mariane Mendes
Graduada em Física