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O ensino das regras ortográficas de forma contextualizada

O ensino descontextualizado das regras ortográficas tende a não ser tão eficiente, por isso se torna necessário aplicá-lo de forma contextualizada.
O ensino das regras ortográficas de forma contextualizada tende a resultar em conquistas benéficas
O ensino das regras ortográficas de forma contextualizada tende a resultar em conquistas benéficas
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Gramática contextualizada...Tal propósito metodológico chegou e parece que veio mesmo para ficar, basta você, que talvez não lecione Língua Portuguesa, reservar um pouco de tempo e folhear a maioria dos livros didáticos que auxiliam o professor mediante o laborioso exercício que desenvolve dentro de sala de aula.

Assim, o que constatávamos – em um tempo não tão remoto assim – era o trabalho com as regras e mais regras de forma totalmente contrária, avessa a essa em discussão, isto é, exploradas de maneira solta, fragmentada. Nesse sentido, pensando num amontoado significativo de informações, entre as quais sempre figuram algo do tipo: substantivo, sujeito, predicado, pronome, adjetivo, oração subordinada, oração coordenada... enfim, parece ser justificável a aversão que grande parte dos estudantes manifestam quando o assunto diz respeito ao aprendizado da gramática – o que se torna, não raras as vezes – objeto de repulsa.

Dessa forma, mesmo porque os novos estudos pautados, sobretudo, pela ótica da Linguística, tem-se que o objetivo a que se presta o ensino da língua é o de formar leitores e escritores competentes, razão essa de se trabalhar o texto propriamente dito, de forma a ensinar a análise linguística por meio do discurso. É bem aí que entra em cena o trabalho de um determinado tema, cuja intenção é a de aplicá-lo ao estudo dos textos em seus infinitos gêneros.

Partindo desse princípio e, sobretudo, no intuito de acrescentar um teor mais significativo à assertiva em questão, analisemos o que nos afirma Jacqueline Peixoto Barbosa, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)*:

“A gramática precisa estar a serviço das práticas de linguagem e adquirir esse conhecimento leva tempo para os alunos”.

Imersos nesse contexto, enfatizamos, aqui de forma específica, a questão das regras ortográficas, cujo aprendizado sempre deixa a desejar, não importando se se trata desta ou daquela série. Muitas são as vezes em que o educador se depara com desvios e mais desvios oriundos da falta de um conhecimento que deveria ter sido apreendido tempos atrás. Com base nessa realidade, torna-se necessário uma volta, um recomeço acerca de conceitos antes vistos, mas... seria de forma descontextualizada?

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De forma eficaz, a proposta metodológica que se aplica a esse caso é o ditado. Contudo, “ditado” não seria fazer uso do tradicionalismo tão discutido há algum tempo? Treinamento ortográfico... seria esse o nome? Também parece não casar bem com a situação. Por isso, caro (a) educador, deixamos aqui em aberto, no sentido de fazer com que você mesmo (a) atribua ao procedimento o nome que melhor lhe convier. Você deve estar pensando justamente acerca de qual circunstância se encontra demarcada a contextualização, se antes enfatizamos a possibilidade da volta ao tradicional, não é verdade?

Pois bem, o fato é que antes de aplicar o “ditado”, o ideal é buscar textos que trabalhem a questão ortográfica propriamente dita, e olha que não são poucos. Por meio de uma pesquisa, podemos encontrar várias alternativas que se adéquem à proposta firmada. Assim, quando explorado, os alunos terão condições de apreenderem, internalizarem, visto que “memorizarem” seria fazer alusão ao aprendizado mecanicista – condenado pela maioria dos gramáticos.

Depois de explorado, aí sim, como forma de avaliar o que realmente se tornou “internalizado”, eis o momento de aplicar a atividade de treinamento, digamos assim.  Pode ser que ao se familiarizar com tal proposta, você pense exatamente no conteúdo programático a cumprir durante todo o ano letivo, extenso por sinal. Contudo, vale a pena explorar algumas práticas, as quais poderão surtir efeitos benéficos ao longo do tempo, e essa é uma delas.


* Revista Nova Escola. Ano XXVII. Nº 254. Agosto 2012.


Por Vânia Duarte
Graduada em Letras