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Turmas do 6º ano: um diagnóstico das competências

O diagnóstico das competências de turmas do 6º ano é de grande eficácia, pois confere ao educador a possibilidade de executar melhor suas propostas metodológicas.
O diagnóstico das competências de turmas do 6º ano representa um excelente procedimento metodológico
O diagnóstico das competências de turmas do 6º ano representa um excelente procedimento metodológico
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A transição da primeira fase do Ensino Fundamental para a segunda é, sem dúvida, mais um dos tantos obstáculos enfrentados na carreira do educador. Trata-se de um público novo e as expectativas se manifestam de ambos os lados: ou seja, do lado do professor, que pretende descobrir a bagagem que a turma traz; e da parte do aluno, que anseia em saber o que realmente está por vir. Essa ansiedade é gerada pelo fato de que para esse público tudo se apresenta como uma novidade, o que gera, muitas vezes, insegurança.      

Por razões óbvias, não elucidaremos todas as manifestações pertinentes a esse fato, por isso elegeremos a conduta do educador mediante o ensino de Língua Portuguesa, mais especificamente em se tratando da produção textual. Por mais que esta faça parte do planejamento nas séries iniciais, os alunos ainda não têm a plena consciência de sua importância. Dessa forma, uma das primeiras providências é exatamente essa: conversar com esse público ainda relativamente “mirim” sobre a necessidade e assiduidade da prática escrita no ambiente de sala de aula. 

Após essa conversa, um dos métodos mais eficazes é a realização de uma sondagem inicial, no sentido de verificar as competências, bem como traçar metas e planejar os procedimentos a serem adotados. Para tanto, uma boa sugestão é a leitura oral de um texto narrativo, como, por exemplo, uma fábula. 

Realizado tal procedimento, o ideal é escolher dois ou três alunos (até mesmo pela questão do tempo) e solicitar que recontem oralmente a história. Assim, no momento em que estão se expressando, o educador tem a chance de analisar a habilidade de que dispõem para organizar o pensamento propriamente dito. Concluída a tarefa, eis o momento de sugerir para que todos recontem a história, só que dessa vez de forma escrita.

Cabe ressaltar aqui que a intenção da análise das produções não deve se resumir somente aos erros ortográficos (ainda que eles sejam demasiadamente importantes para um diagnóstico preciso), mas o fato é que deve ser levada em conta a forma como organizam as ideias. Isso equivale a dizer que também estão em jogo outras competências, como é o caso da paragrafação e da noção de início, meio e fim. Mediante tal incumbência, os aprendizes terão a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos prévios, tão importantes quanto necessários para a apreensão dos que virão adiante, conforme atesta Rosália Maria Ribeiro de Aragão, professora aposentada da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp):

Isso é essencial para uma aprendizagem significativa, que é construída e se mantém durante toda a vida. O estudante leva para a sala o conhecimento que obtém no mundo.  

Checadas todas as dificuldades, faz-se necessário que o educador se atenha àqueles alunos que apresentam diferenças entre os demais, daí a necessidade do cômputo dos resultados obtidos mediante as produções. Feitas as distinções, o momento é propício para estabelecer decisões futuras, no sentido de atribuir àqueles que apesentaram falhas em menor grau algumas funções específicas. Tal propósito se tornará concreto no momento de formar os grupos para um estudo coletivo, um seminário, uma pesquisa, enfim, a depender dos procedimentos metodológicos, levando em conta o conteúdo ministrado. Dessa forma, eles terão a capacidade necessária para auxiliar os demais.

Outro aspecto se deve ao fato de que, tendo em vista os resultados apresentados, o educador terá um norte acerca de como proceder, sanando as dúvidas já encontradas e estabelecendo posturas metodológicas mais eficazes para a exposição de novos conteúdos.

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Por Vânia Duarte
Graduada em Letras