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Sequência didática para o ensino de Cartografia

O ensino de Cartografia em sala de aula depende do desenvolvimento dos diferentes conceitos e da prática constante de interpretação de mapas reais.
O ensino de Cartografia não se realiza sem conteúdo, ou seja, sem a interpretação de mapas
O ensino de Cartografia não se realiza sem conteúdo, ou seja, sem a interpretação de mapas
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A Cartografia é um tema de fundamental importância no que se refere ao processo de aprendizagem escolar, haja vista que uma correta alfabetização cartográfica permite que o estudante angarie mais e melhor os conhecimentos geográficos e históricos através de sua capacidade de ler e interpretar cartas, mapas e demais tipos de objetos de representação espacial.

Antes de mais nada, é preciso lembrar que não há alfabetização cartográfica sem conteúdo, ou seja, não é possível ensinar termos de Cartografia – tais como escala ou legenda – de forma “vazia”. Eles tornam-se mais facilmente compreendidos quando acompanhados de exemplos reais, de leituras de mapas existentes e da compreensão de seus respectivos conteúdos.

Portanto, o primeiro momento a ser desenvolvido em uma possível sequência didática para o ensino de Cartografia é a apresentação e leitura conjunta de mapas e cartogramas em geral antes da apresentação de qualquer conceito. Se o professor estiver trabalhando com séries do ensino fundamental, onde os alunos estão, em tese, menos familiarizados com os mapas, é recomendado utilizar mapas mais simples, com poucas legendas e áreas mais conhecidas, como a área do território brasileiro. Os mapas poderão ser aqueles disponíveis ao longo do livro didático de Geografia, que certamente apresentará muitos deles ao longo dos demais capítulos.

Só depois de apresentar vários mapas e interpretá-los devidamente com os estudantes, é que o professor poderá ir para o segundo momento (que envolverá um conjunto com várias aulas). Ele deverá apresentar os vários elementos obrigatórios para a compreensão dos mapas, a saber: título, legenda, escala, orientação, coordenadas geográficas e projeções cartográficas. É necessária, em cada umas dessas aulas, a utilização de exemplos, além do recorrente exercício de compreender aquilo que os diferentes mapas dizem.

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Já em um terceiro momento, recomenda-se que o professor desenvolva atividades práticas, como a produção do mapa da escola e a sua consequente utilização para localizar objetos escondidos, ou até a cópia de mapas dos livros, desde que o aluno tenha consciência de que tipo de mapa está desenhando e busque interpretar (até mesmo de maneira escrita) o seu conteúdo. Mais do que simplesmente produzir um desenho mecanicamente, é preciso que o aluno compreenda aquilo que ele está fazendo.

Por fim, é necessário que o educador tenha em mente que a cartografia é um tema transversal no ensino de Geografia, isto é, que perpassa por praticamente todos os assuntos. Assim, ao longo dos anos letivos das diferentes séries nos diferentes níveis, é fundamental que o professor retome alguns conceitos básicos (como a escala e os tipos de legenda) para a compreensão dos cartogramas que surgirem ao longo dos materiais estudados em sala de aula. Afinal, é a partir da utilidade prática que, muitas vezes, os estudantes exercem sua compreensão e vivência sobre o conteúdo estudado.


Por Me. Rodolfo Alves Pena