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Sugestão de aula para análise de gráficos e tabelas

Por meio desta sugestão de aula, os alunos construirão gráficos e tabelas com dados obtidos por meio de pesquisa feita por eles mesmos.
Coleta de dados: Primeiro passo para a construção de gráficos e tabelas
Coleta de dados: Primeiro passo para a construção de gráficos e tabelas
Crédito: Shutterstock
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A análise de dados é um dos conteúdos mais frequentes em vestibulares e no Enem. O modo como ela é ensinada aos alunos pode ser “a forma tradicional” ou pode ser o desenvolvimento de atividades mais envolventes e divertidas. No primeiro caso, os alunos podem aprender a analisar os dados de gráficos e tabelas sem maiores problemas, mas o segundo caso pode ser usado para ensinar muitas outras coisas, como o modo como os dados são obtidos e organizados.

A atividade aqui proposta pode abrir caminho para o ensino de diversos conteúdos, como moda, média, mediana, média ponderada, desvio padrão etc.

Para a atividade, serão necessárias de duas a três aulas de aproximadamente 50 minutos, que terão seu tempo dividido da seguinte maneira:

Primeiro momento

Esse primeiro momento deverá ser feito como atividade para casa. Apenas a orientação a respeito das coletas de dados devem ser dadas e isso pode ser feito em poucos minutos ao final da aula.

Divida seus alunos em grupos com 4 ou 5 pessoas e, para cada grupo, dê temas parecidos com os seguintes:

1 – Cesta básica em cinco supermercados diferentes;

2 – Combustíveis em dez postos diferentes;

3 – Idade, altura e peso de 10 familiares diferentes.

Os temas não precisam ser exatamente esses, mas devem ser temas que possam ser pesquisados facilmente para que os alunos não tenham dificuldades que não os problemas matemáticos relacionados a esse conhecimento.

Os alunos precisam colher o maior número de informações que for possível: a região da cidade onde a pesquisa foi feita, o objeto de pesquisa em si, o grau de interesse das pessoas com relação àqueles produtos etc.

Segundo momento

Em sala de aula, organize os alunos nos mesmos grupos e peça que eles organizem os dados em uma tabela. Nesse momento, o professor pode dar alguma instrução aos alunos, mas é melhor que seja feito o mínimo possível no quadro. O docente deve orientar grupo a grupo, sempre permitindo que os alunos cheguem às suas próprias conclusões e tomem as melhores decisões para o desenvolvimento da atividade.

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Os alunos também devem produzir uma parte teórica na qual demarcarão o contexto social, econômico e histórico dos locais escolhidos para a pesquisa dentro das limitações dos dados obtidos e, claro, da idade dos alunos.

Terceiro momento

O terceiro momento é a análise e debate dos dados da tabela obtida. Para tanto, é bom que os grupos tenham feito uma apresentação de slides ou construído uma tabela maior em papel. Cada grupo falará sobre todas as informações disponíveis que foram encontradas.

A tabela em si pode ser apresentada a partir dos valores mínimos, máximos e médios das informações mais importantes da lista e também com comentários sobre o significado desses números.

Quarto momento

Essa etapa destina-se à construção de gráficos. Cada grupo terá que construir um gráfico com as informações obtidas na pesquisa. Sugerimos que, antes dessa atividade, o professor proponha, para casa, que cada grupo pesquise um tipo de gráfico diferente. Em sala de aula, peça que cada grupo construa um gráfico igual ao que foi objeto da atividade para casa com os dados da tabela.

Oriente seus alunos sempre que necessário, mas, inicialmente, permita que eles façam descobertas e tentativas por si mesmos e que aprendam com seus erros. Ao final, os trabalhos podem ser trocados para que outros grupos analisem os resultados da pesquisa.

Essa atividade é um bom início para quem alcançou o conteúdo de medidas de centralidade, uma vez que constrói os alicerces de um bom conhecimento sobre análise de gráficos e tabelas.


Por Luiz Paulo Moreira
Graduado em Matemática